O estudante Marcus Vinicius estava no último andar da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, quando ouviu muitos tiros.
"A professora mandou todo mundo abaixar e trancou a porta. Foi terrível. Fiquei muito nervoso. Pensei que fosse morrer", diz o menino, de 10 anos.
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Sua mãe, Lúcia Regina Nunes, que mora em frente à escola, ao ouvir os primeiros disparos correu preocupada para ver o que acontecera.
“Nunca vi isso aqui. É um lugar calmo. Só ouvi barulho de tiros. Meu filho e meus dois sobrinhos estudam nesta escola. Fiquei desesperada”, lembra ela.
Segundo o Secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, já chega a 11 o número de mortos no episódio, contando com o atirador. Ao todo, já são 18 pessoas feridas.
Atirador deixou carta
O atirador foi identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno da escola.
De acordo com o coronel da polícia Djalma Beltrami, Wellington deixou uma carta, segundo ele, com inscrições complicadas, no local. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.
Segundo a polícia, uma equipe da Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) passava próximo ao local e foi à escola depois de ver crianças correndo pela rua.