A Justiça do Rio determinou que o dono do Rei do Bacalhau e o acusado de ser seu comparsa sejam submetidos a júri popular. A decisão foi divulgada pelo TJ-RJ nesta terça-feira (12). Segundo o Tribunal, ainda não há previsão para a data do julgamento.

O dono do restaurante na Ilha do Governador, Antônio Fernando da Silva, é acusado de ter mandado matar o pai adotivo, Plácido da Silva Nunes, em outubro de 2007. Ele ainda é apontado como o mandante de sete assassinatos. O empresário, no entanto, nega as acusações.

Procurado pelo G1, o advogado de Antônio Fernado da Silva informou que está analisando a decisão judicial. "Por enquanto, estou vendo os prós e os contras. Mas provavelmente vou recorrer", disse Luiz Maciel Italiano.

Acusado de ser o comparsa de Antônio, o motoboy Jackson Almeida nega o crime. O G1 não conseguiu entrar em contato com os advogados do acusado.

Dupla vai continuar presa

Na mesma decisão, o juiz Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro, do 1º Tribunal do Júri da Capital, manteve a prisão preventiva dos acusados, pois, segundo ele, Antônio e Jackson demonstraram “intensa periculosidade”.

Ele explicou que os dois respondem ou já foram condenados por outros crimes de homicídio envolvendo pessoas ligadas ao restaurante, assim como pelo fato de o crime em apuração ter sido praticado com extrema brutalidade.

“Embora os réus tenham negado os fatos que lhes são imputados, a prova oral coligida em Juízo trouxe indícios suficientes da participação dos acusados no crime de homicídio, assim como exsurgiram indícios do laudo de local, das declarações do acusado Jackson em sede policial e em Juízo, assim como das transcrições das interceptações telefônicas dos apensos”, afirmou o juiz na sentença.