Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que as obras de ampliação de nove dos 12 aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo não deverão ser concluídas a tempo, dentre eles, o terminal Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande que só deverá ser concluído em 2017.
Outros terminais estão na mesma situação. São eles: Manaus (AM), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP). O governo do Estado vem tentando assumir a obra do aeroporto Marechal Rondon, mas segundo os técnicos do Ipea, uma obra de infraestrutura em transportes leva em média 92 meses para ficar pronta, ou seja, mais de sete anos. Portanto, não haverá tempo hábil para a ampliação.
Além disso, as obras do aeroporto em Mato Grosso ainda estão em fase de elaboração de projeto. Nesta semana, o superintendente de obras da Infraero, Ricardo Ferreira, anunciou que o edital de licitação para escolha da empresa responsável pela execução pelas obras do Módulo Operacional Provisório (MOP), conhecido como ‘puxadinho’, será antecipada e poderá ser feita a partir da próxima semana. A Infraero já dispõe de R$ 90 milhões para realizar a ampliação do terminal.
Após deixar o Banco Central e assumir a Infraero, Gustavo do Vale, garantiu que será possível concluir as obras nos aeroportos dentro do prazo e em Mato Grosso a previsão seria de início é março de 2012 para concluir em julho de 2013, conforme relatou matéria da revista Isto É.
De acordo com os responsáveis por uma nota técnica divulgada hoje (14), em Brasília (DF), considerando-se os prazos médios para elaboração de projetos, obtenção de licenças obrigatórias, realização de licitações públicas e início do serviço, “muito provavelmente não será possível concluir a maioria das obras de expansão dos terminais aeroportuários até a Copa de 2014”.
Segundo o Ipea, além dos nove terminais já em operação, o Aeroporto Internacional São Gonçalo do Amarante (RN), próximo à capital Natal, que ainda está em construção, não deve ficar pronto antes de junho de 2014.
O problema dos aeroportos é crítico e o que se vê, atualmente, é um número maior de pessoas viajando de avião, superando o número de passageiros de ônibus. Este fato ocorre por dois motivos: redução drástica nos preços das passagens aéreas e aumento da renda da população. No entanto, a Infraero não acompanhou este crescimento e agora terá uma missão quase impossível para realizar nos próximos dois anos e meio. Os terminais das grandes cidades já estão com a capacidade praticamente esgotada.
