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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Hospital é condenado a pagar R$ 3,6 milhões a família em Minas Gerais

Um hospital de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, foi condenado a pagar mais de R$ 3,6 milhões à família de um paciente por uma denúncia há 16 anos. Na época, um garoto de quatro anos de idade foi internado por três meses por suspeita de anemia e acabou ficando cego e com problemas mentais. De acordo com informações da família, ele perdeu a visão de um olho e teve 10% da visão do outro comprometida. Atualmente, o jovem tem 20 anos.


O advogado da família, Rherisson Vinícius de Oliveira, disse que a decisão é de última instância e os bens do hospital podem ser penhorados. “Foi feito o bloqueio dos bens do hospital”, falou. De acordo com ele, o valor da indenização é R$ 950 mil, mas somando-se as correções e os juros calculados pela Justiça, a quantia subiu para mais de R$ 3,6 milhões.

O diretor administrativo do hospital, Fernando Vita, afirma que não houve erro por parte do hospital. “Infelizmente a criança chegou altamente anêmica e desnutrida. As sequelas que ela teve estão diretamente ligadas ao estado que ela [a criança] chegou aqui. No processo, eles alegam que houve uma imperícia por parte do hospital, o que não houve”, defendeu-se.

Ainda segundo Vita, o hospital ainda não foi notificado da decisão judicial. “A partir do momento que a gente for comunicado e for uma decisão judicial de última instância, a gente vai ter que sentar e conversar com a família e com o advogado. Temos que ver a forma e negociar o pagamento desta dívida. O valor total que está no processo, no momento, não tem como pagar” completou. O advogado da família argumentou que o imóvel do hospital foi avaliado em R$ 10 milhões e, por isso, a instituição condenada teria como pagar a indenização determinada pela Justiça.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que a decisão judicial foi determinada no dia 7 de abril e que o hospital foi notificado, mas teria alegado que não há como pagar a indenização. O advogado disse que já pediu a penhora dos bens do hospital.
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