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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Polícia prende homem que revendia material doado para vítimas da região serrana

Polícia prende homem que revendia material doado para vítimas da região serrana
Policiais civis prenderam na manhã desta quarta-feira (27) um homem suspeito de ter comprado grande quantidade de material doado para vítimas da tragédia das chuvas na região serrana do Rio, em janeiro.


Wagner William de Souza, de 30 anos, revendia para comerciantes de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde mora, garrafas d’água, sabonetes e escovas de limpeza.

Preso em flagrante, o homem revelou que comprou todo o produto com um funcionário da Cruz Vermelha, identificado como Valério.

Na casa do suspeito, a polícia encontrou cerca de 400 sabonetes e 365 fardos, cada um com seis garrafas de 1,5 litros. Souza pagava R$ 0,50 por cada garrafa e revendia a R$ 1.

De acordo com a polícia, um inquérito será instaurado contra o funcionário da Cruz Vermelha que teria repassado a mercadoria para o homem preso.

Tragédia das chuvas

Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 900 pessoas e deixaram quase 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.

A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraldas).

Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.
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