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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Promotores defendem punições mais graves para quem passa trote

Trotes: uma brincadeira sem graça que entrou na mira do Ministério Público. No Paraná, promotores defendem punições mais graves para quem passa trote para os serviços de emergência.


Central do Samu, começo da tarde e da zombaria pelo telefone. No serviço de emergência de Londrina, no Paraná, de cada 100 chamadas, 18 são trotes.

São gentilezas, insultos e cantadas em meio à correria. “Eles ligam brincando, zoando mesmo. Sempre vê que tem mais de um, nunca é um só”, diz uma das atendentes.

Os telefones ficam registrados no sistema que organiza um ranking do deboche. O Jornal Hoje encomendou um levantamento sobre o número de trotes feito nos últimos cinco anos.

O dono do telefone que está na terceira posição ligou 81 vezes pro Samu. O da segunda posição, 128 vezes. O mais engraçadinho deles telefonou 178 vezes para fazer piadinha com as atendentes. Ao ligar para os números no topo da lista, uns não atendem mais, outros desconversam.

O Ministério Público quer mais explicações. Pelo menos 40 números usados para passar trote já foram encaminhados à promotoria, que promete acabar com essa brincadeira sem graça.

“É um atentado ao funcionamento de um serviço de fundamental importância para a população. É um crime que prevê uma pena de um a cinco anos de reclusão, além da multa”, explica Paulo Tavares, promotor.

Um crime que pode por outras vidas em risco. “Um trote trava a linha para quem está pedindo ajuda e não consegue”, conta uma atendente.
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