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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Tarifa de ônibus em Campo Grande não poderá ser paga em dinheiro

As empresas do transporte coletivo de Campo Grande, em conjunto com a prefeitura e o Ministério Público, entraram em acordo para acabar com a circulação de dinheiro nos caixas dos ônibus. A única forma de pagar o bilhete será com o cartão magnético. A medida serve para reduzir os assaltos e agilizar o embarque de passageiros.


Na maioria das linhas, o motorista precisa dirigir e passar o troco. Os profissionais dizem que ainda não se adaptaram às duas funções, e reclamam que demoram mais tempo nos pontos de parada. Além disso, ficam mais vulneráveis à ação de criminosos.

De acordo com a associação das empresas, são registrados em média nove assaltos a ônibus por semana. A implantação do cartão magnético foi uma das medidas para minimizar o problema, segundo as empresas.

De acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), mais de 70% dos passageiros do transporte coletivo já usam o cartão magnético. A partir do dia 26 de agosto, o pagamento do bilhete só poderá ser feito por esse sistema.

Os cartões magnéticos podem ser solicitados na associação das empresas de transporte coletivo e pela Internet. Os créditos são vendidos em cerca de mil locais no comércio e nos pontos de ônibus. "Em todo local de desembarque de ônibus existe ponto de venda. A pessoa também pode comprar cartão por unidade", explica Lúcio Murilo Barros, diretor de transporte público.

Para a Polícia Militar, quando o sistema aceitar apenas o cartão magnético, haverá menos riscos aos trabalhadores. "Já temos experiência em outras capitais. Não tendo a moeda circulante, os usuários que praticam esse tipo de crime vão ser desestimulados", afirma o comandante do policiamento metropolitano, coronel Sebastião Henrique de Oliveira Bueno.

O aposentado Graciano Villamajor não anda com dinheiro dentro do ônibus. "Dinheiro assim é perigoso por causa dos assaltantes", afirma.

Quem já foi assaltado se diz mais tranquilo com o novo sistema. "Com certeza, por causa de R$ 10, 20 o cara mete o revólver, e não tem nada a perder", diz o motorista Robson Batista Silva.

Mais de 500 ônibus circulam todos os dias em Campo Grande, em quase 200 linhas. Pelos menos 200 mil pessoas andam de ônibus todos os dias na cidade.
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