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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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Mulher briga na Justiça para receber remédios de doença crônica em MG

Uma mulher de 32 anos briga na Justiça para ter direito de receber os remédios para uma doença crônica. Michelle Aparecida Pereira sofre da Doença de Gaucher, que causa o aumento de alguns órgãos e pode causar anemia, sangramentos no nariz e dores nos ossos. De acordo com Michelle, que mora em Carmópolis de Minas, na Região Centro-Oeste do estado, o fornecimento do medicamento foi suspenso há nove meses pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais.


“Achei que tivesse meu direito garantido de receber a medicação quando comecei o tratamento. A minha doença é progressiva e, por isso, tenho piora na minha condição quando fico sem remédio. Fico muito insegura com esta situação, com medo de nunca mais voltarem a fornecer corretamente”, lamenta.

Ainda segundo Michelle, ela começou a receber o medicamento, chamado Miglustat, em abril de 2009 através de uma decisão judicial, mas a secretaria recorreu da decisão e o fornecimento foi suspenso em setembro de 2010.

De acordo com a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a decisão judicial mostrou que faltava uma prova pericial que possibilite provar que Michelle precise do medicamento Miglustat. A secretaria informou que aguarda o pedido judicial para fazer a pericia.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), nesta segunda-feira (13), foi pedido à Michelle que envie receitas atualizadas e informações que provem o uso do medicamento anteriormente.

Michelle Aparecida alega que perdeu o emprego por causa das faltas constantes no trabalho, que foram causadas pelas dores ósseas da falta do medicamento. “Eu descobri a doença quanto tinha oito anos. Sempre fui muito insegura. Não tinha esperanças de viver até os 30 antes de chegar esse medicamento. Mas estou muito desanimada. É um erro, mas você perde as esperanças. Já passei por todos os estágios da doença.”, disse.

Gaucher
A doença é o depósito de produtos da decomposição de gorduras no corpo chamados glicocerebrosídeos. O excesso acontece nos órgãos por um mau funcionamento das enzimas que participam do metabolismo dos lipídios e causa um crescimento do fígado e do baço, além de tornar a pele mais parda.

A medula óssea também pode ser sofrer com dores e até ser destruída, o que pode levar a anemias e complicações fatais ao portadores.

Há três variedades conhecidas da doença. A forma mais grave é o tipo 2, a forma infantil, que pode provocar aumento do baço e alterações no sistema nervoso que geralmente causam óbitos antes de 1 ano de idade.

Trata-se de um problema hereditário e congênito - presente desde o nascimento da pessoa.
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