A decisão da audiência de instrução e julgamento do processo que apura a morte do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, foi adiada para o dia 17 de agosto, já que uma das testemunhas que seria ouvida na tarde desta quinta-feira (16), um policial militar, faltou. Na mesma data, serão ouvidos Rafael Bussamra - motorista que dirigia o carro que atropelou o músico, em 20 de julho de 2009 - e seu pai, Roberto Martins Bussamra. Na ocasião, o juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira poderá decidir se Rafael será julgado em Júri Popular ou na Vara comum.

De acordo com o advogado assistente do Ministério Público na acusação, Téssio Lins e Silva, a definição depende do caso ser considerado homicídio doloso (com intenção de matar) ou culposo (sem intenção).

Nesta quinta, a Justiça do Rio ouviu três testemunhas convocadas pela defesa de Rafael Bussamra. Foram ouvidos um policial civil, um engenheiro perito criminal, contratado pela defesa para fazer um parecer do acidente, e um funcionário da CET-Rio, que estava de plantão no dia do acidente, no Túnel Zuzu Angel.

O perito contratado pela defesa de Bussamra, Sérgio Leite, afirmou em seu depoimento que o motorista não poderia estar em um pega com o motorista do carro que estava no túnel junto com ele. "As condições de potência dos dois carros eram diferentes. Tecnicamente é absurdo pensar em pega", disse.

Mas Téssio Lins e Silva descartou a opinião do perito. "É um parecer parcial, não está de acordo com a realidade. Ele foi contratado para esse serviço".

Rafael Bussamra é acusado pelos crimes de homicídio doloso, corrupção ativa (duas vezes), fuga de local de acidente de veículo, participação em via pública de corrida automobilística não-autorizada e fraude na pendência de procedimento policial. Já seu pai, Roberto Martins Bussamra, responde por corrupção ativa (duas vezes) e fraude na pendência de procedimento policial.