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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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No inverno atendimentos por causa de doenças respiratórias aumentam 10%

Dos 58.218 mil atendimentos realizados nas unidades básicas de saúde, em Curitiba, 14.345 foram por causa de doenças relacionadas ao aparelho respiratório. Comparado com as estações mais quentes o número, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, é 10% maior, em média. Os dados correspondem aos atendimentos entre os dias 18 a 25 de junho.


A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Juliane Oliveira, informou que os diagnósticos mais frequentes são de gripe e resfriado. Apesar das doenças serem consideradas de pouca gravidade pela população, a coordenadora destaca que crianças e idosos têm a saúde mais fragilizada e, portanto, a chance de surgir complicações é maior. "De uma gripe pode evoluir para uma pneumonia, por exemplo", explicou Juliane Oliveira.

A orientação, além de se proteger do frio, é lavar sempre as mãos e manter o ambiente arejado. Juliane lembrou que em 2009 - quando houve o surto da gripe H1N1 - os órgãos de saúde enfatizaram a higienização das mãos. Segundo ela, a medida de ser mantida.

Nos dias frios, não é difícil encontrar pessoas espirrando, com secreção nasal ou coçando olhos. O que pode parecer um resfriado, na verdade, pode ser renite alérgica, que é uma inflamação na mucosa nasal. Quem sofre desta alergia, tem mais crises durante o inverno por causa das características climáticas desta época, como baixa insolação.

A falta de sol, afirmou o médico otorrinolaringologista especialista em renite alérgica Sérgio Maniglia, é propício para a proliferação de ácaros, fungos e outros microrganismos que irritam a mucosa do nariz.

"As pessoas sentem quando tiram o casaco do armário", exemplificou o médico. Em Curitiba, segundo Maniglia, as pessoas sofrem mais porque a polinização das graminhas ocorre quase que na totalidade do ano, o que causa sensibilização nasal.

As alterações climáticas também podem desencadear crises de espirros e coceiras no nariz, nos olhos e até na garganta, como citou o médico. "A mudança de temperatura e de pressão podem irritar a parte nervosa do nariz. Isso vai provocar um inchaço e os sintomas pioram", afirmou Maniglia.

A renite pode ser controlada com medicamentos - que interrompem os sintomas por determinado tempo - e também por vacinas, manipuladas exclusivamente para o paciente. Segundo o médico, as vacinas não são baratas, mas na avaliação dele o custo benefício compensa porque o alérgico ficar um período maior sem sentir os sintomas da renite, o que evita a compra de medicamentos.

Os jovens são os mais atingidos pela doença. De acordo com o otorrinolaringologista, com o passar dos anos, as alergias tendem a desaparecer. É essencial garantir a ventilação dos ambientes, evitar acúmulo de poeira e procurar lavar as roupas de inverno antes de usar e ainda, se possível, colocá-las no sol.

A patologia muda, mas a recomendação permanece.“Tem que procurar abrir as janelas, dar uma arejada no ambiente, lavar as mãos com mais regularidade e evitar aglomerações”, destacou o presidente da Associação Paranaense de Oftalmologista, Ezequiel Portella.

Durante o inverno as conjuntivites virais são mais comuns do que as bacterianas. A bacteriana é mais agressiva. Ela vem acompanhada de pus, de secreção abundante e a pessoa sente que as pálpebras ‘colam’, explicou o Portella.

Por outro lado, na conjuntivite viral o paciente também sente muito desconforto, mas é mais suave porque além dos olhos ficarem vermelhos, eles lacrimejam.

Apesar da infecção se manifestar nos olhos, o vírus está no corpo inteiro. “Você não precisa coçar os olhos para pegar conjuntivite”, relatou o médico. O contato com o vírus por meio de salíva, por exemplo, pode causar contaminação.

O tratamento da conjuntivite viral, segundo Ezequiel Portella, pode ser por colírios que vão aliviar os sintomas. Mas a prescrição do medicamento depende da gravidade da infecção, uma vez que ela pode se complicar.

Em alguns casos, a doença pode evoluir para uma úlcera na córnea que é um pequeno orifício na região que provoca "extremo desconforto, dor e pode chegar a prejudicar a visão", declarou o médico.
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