O Bom Dia Brasil falou esta semana sobre as estatísticas de violência contra a mulher. Um caso aconteceu no fim da noite desta quinta-feira (3), em São Paulo, e por pouco não terminou de maneira trágica.

Um pedreiro já havia ameaçado e agredido a ex-mulher e a irmã dela várias vezes. As duas registraram boletim e pediram proteção policial, mas não conseguiram ajuda. Nesta quinta, ele voltou e fez a ex-mulher refém, bateu nela e ameaçou matar também os dois filhos.

Depois de três horas de medo nas mãos do ex-marido, Nilda Araújo saiu da casa carregada por um PM. Ela e os filhos foram mantidos reféns pelo pedreiro Sidclay Pereira Santos. Ele invadiu a casa da ex-mulher por volta das 20h30, jogou álcool nos móveis e ameaçou atear fogo.

Sidclay exigiu a presença de um amigo policial militar. Quando ele chegou, a ex-mulher foi libertada com o rosto bastante machucado.

“Ele pegou e já entrou. Começou a socar. Muita violência”, declarou Nilda.

O pedreiro se entregou pouco depois. Sidclay e Nilda estão separados há pouco mais de um ano. Nesse tempo, ele agrediu a ex-mulher pelo menos duas vezes. A irmã de Nilda chegou inclusive a pedir proteção policial.

“Há vários dias estamos sendo ameaçadas. Fiz B.O e a polícia disse que não poderia oferecer proteção”, contou a irmã.

Uma pesquisa feita recentemente pela fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc mostrou que a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. Realizada em 25 estados, a pesquisa ouviu 2.365 mulheres. Alguma coisa está falhando muito na proteção às mulheres, e a Dona Nilda é mais uma prova disso. Mesmo já tendo pedido ajuda, acabou agredida dessa maneira.