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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Polícia indicia quatro por morte de doadora de medula no interior de SP

Duas médicas e duas enfermeiras foram indiciadas por causa da morte da universitária Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, no dia 4. Ela estava internada no Hospital de Base de São José do Rio Preto, a 440 km de São Paulo. Para a Polícia Civil, a jovem morreu durante os preparativos médicos para fazer a doação da medula óssea para uma criança com leucemia do Rio de Janeiro.


De acordo com Luciana de Almeida do Carmo, delegada assistente do 5º DP de São José do Rio Preto, as duas enfermeiras foram indiciadas nesta sexta-feira (22) por omissão de socorro, após prestarem depoimento. Já o delegado João Lafayete Sanches Fernandes, responsável pelo inquérito, indiciou as médicas na quinta (21) pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O Hospital de Base informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestará sobre o assunto até o encerramento da sindicância aberta para apurar o caso.

O laudo, do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), foi entregue nesta quinta à Polícia Civil. Ele confirmou que a universitária foi vítima de erro no atendimento. A morte da paciente levou o hospital a paralisar a coleta de medula para transplante e o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) iniciou uma investigação do caso.

No documento, consta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, o que causou hemorragia e um choque hipovolêmico - queda de pressão causada por grande vazamento de sangue -, que a levou à morte. As perfurações ocorreram durante a tentativa de implantar um cateter para fazer a coleta da medula na veia subclávia (próxima da jugular) esquerda, segundo o laudo.

A delegada Luciana disse que a pena para o homicídio culposo varia de um a três anos de prisão se houver condenação. No caso de Luana, há o agravante por "inobservância de regra técnica de profissão", segundo a policial, podendo o tempo de cadeia ser aumentado em um terço. Para a omissão de socorro, está prevista prisão de um a seis meses. "Mas essa pena triplica se resulta em morte", afirmou a delegada.
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