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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Dono de bufê diz que brinquedo passou por manutenção em maio

O delegado Renato Felisoni, do 30º DP (Tatuapé), ouviu nesta quinta-feira (28) o depoimento do empresário Rodrigo Saraiva, sócio da casa de festas infantil onde uma advogada de 30 anos morreu ao cair de uma minimontanha-russa em São Paulo, no dia 17. De acordo com ele, Saraiva apresentou durante o depoimento um recibo com a data da última manutenção do brinquedo: 24 de maio. Felisoni aguarda o laudo pericial do Instituto de Criminalística para decidir se indicia o empresário por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.


“Quero saber se o brinquedo oferecia segurança, se foi falta de manutenção", disse o delegado. Saraiva já foi indiciado por desobediência, pois, de acordo com a polícia, não tinha alvará da Prefeitura para abrir o Aquarela Kids, no Tatuapé, Zona Leste, onde Vanessa morreu. O marido dela, ouvido pela polícia em outra ocasião, também estava na minimontanha-russa e sofreu apenas ferimentos leves. Os dois caíram de uma altura de cinco metros. A mulher bateu com a cabeça no chão. Desde o acidente, os quatro bufês que Saraiva e seus sócios administram estão fechados.

Ressarcimento

O advogado Carlos Alberto da Costa Silva, que defende Saraiva, contou que o prejuízo de seu cliente é de aproximadamente R$ 800 mil. “É a estimativa total de restituição. A situação financeira é muito difícil”, afirmou o defensor. Ele disse que o empresário já começou a ressarcir as pessoas que tinham contratado festas. “Nenhum cliente vai deixar de ser ressarcido”, afirmou o advogado, que não soube dizer quantas pessoas já tinham contratado o bufê.

“Já restituímos os contratantes de festas recentes.” De acordo com ele, Saraiva está “abalado” com a tragédia. “Ele obedeceu todos os critérios de manutenção. O fabricante recomenda a manutenção trimestral. Ele fazia bimestralmente. A última foi em maio.” Silva afirmou ainda que é preciso esperar o laudo da perícia, mas sugeriu que o erro possa ter sido de fábrica. "Não sou perito, mas, para mim, há erro estrutural (no brinquedo)."

Indiciamento
O delegado informou que o local foi lacrado no dia 7 de julho, mas “dois dias depois” estava em funcionamento novamente. O estabelecimento ficou irregular por pelo menos uma semana, quando houve o acidente com o brinquedo - por isso Saraiva foi indiciado por desobediência. Felisoni disse que esse crime prevê, em caso de condenação, reclusão de apenas 15 dias a 6 meses.

O advogado de Saraiva criticou o fato de ele ter reaberto a casa de festas sem estar em situação legal. “Agora ele será penalizado por isso.”
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