Três organizadores da festa realizada no parque de diversões onde ocorreu um acidente, no domingo (14), em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foram indiciados nesta quinta-feira (18) por falsidade ideológica. As informações foram confirmadas pela delegada Adriana Belém, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), responsável pelo caso.
Segundo a delegada, além dos promotores, os presidentes das associações de moradores de Vargem Grande e de blocos carnavalescos também foram indiciados nesta quinta por falsidade ideológica.
Pela manhã, os promotores do evento e um representante da associação de moradores de Vargem Grande prestaram depoimento na 42ª DP. De acordo com a delegada Adriana Belém, ao pedirem autorização para a festa, eles omitiram que o evento aconteceria em um parque. Além deles, a polícia também ouviu o subprefeito da Barra da Tijuca.
Na sexta-feira (19), a polícia deve ouvir de novo o engenheiro que assinou o laudo liberando os brinquedos. Ele já tinha sido indiciado, também por falsidade ideológica.
O acidente ocorreu durante uma festa agostina - uma celebração de São João no mês de agosto, na madrugada de domingo (14). De acordo com a polícia, por volta das 3h, um carrinho do brinquedo chamado "tufão" se soltou e caiu do alto, atingindo várias pessoas que estavam numa fila. Alessandra da Silva Aguilar, de 17 anos, morreu no local. Já o Vítor Alcântara de Oliveira, de 16 anos, morreu na terça-feira (16), após dois dias internado em estado grave.
Na terça-feira (16), a delegada Adriana Belém afirmou que o engenheiro disse que não andaria nos brinquedos nem permitiria que seus parentes andassem. "Ele deu declarações em documento público que não corresponde à verdade. O parque não tem condições de funcionar", explicou Adriana, informando que se condenado na Justiça, o engenheiro pode cumprir pena de 1 a 5 anos de detenção.