A Justiça do Rio de Janeiro condenou a advogada Heloísa Borba Gonçalves, conhecida como Viúva Negra, a 18 anos de prisão em regime fechado na noite de sexta-feira (26).

Ela, que foi julgada à revelia (sem estar presente no tribunal), foi condenada pelo crime de homicídio duplamente qualificado por conta da morte do marido, o oficial do Exército Jorge Ribeiro. O crime ocorreu em fevereiro de 1992, em Copacabana, onde o homem foi amarrado e levou marretadas.

O advogado de defesa disse que vai recorrer da decisão.

O julgamento estava marcado para o dia 25 de julho, mas como a acusada não compareceu ao júri marcado, o magistrado atendeu aos pedidos do Ministério Público e da defesa para que fosse efetuada a intimação da ré por meio de edital.

A advogada foragida estaria nos Estados Unidos. Ela já foi condenada a 36 anos de prisão pela 19ª Vara Criminal do Rio e também responde a outros processos na 1ª Vara Criminal do Rio, onde é acusada de matar duas pessoas e de tentar matar uma terceira.

De acordo com o Tribunal de Justiça, Heloísa já faltou a outros quatro julgamentos, no entanto, foi condenada desta vez por conta da Lei da Cadeira Vazia, de 2008, que permite que o réu seja condenado mesmo que não esteja presente. Mas a medida só pode ser aplicada para acusados que tenham faltando várias vezes ao julgamento, como é o caso de Heloísa.

Recompensa

O Disque-Denúncia (0xx21 - 2253-1177) oferece R$ 11 mil de recompensa para quem indicar o paradeiro da Viúva Negra. O valor é o maior oferecido pelo programa, superando, inclusive, a oferta [R$ 5 mil] por informações que levem à prisão do traficante Nem, chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio. O serviço já registrou 56 ligações com informações sobre a criminosa.

Heloísa ainda faz parte da lista de procurados pela Interpol, uma organização internacional de polícia, que coopera com vários países.