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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Prefeitura colocará 700 agentes para fiscalizar celular em bancos de SP

A Prefeitura de São Paulo colocará 700 agentes para fiscalizar a proibição do uso de celulares em bancos na capital paulista. A medida, que visa combater crimes conhecidos como “saidinha de banco”, passou a valer nesta segunda-feira (29). Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, porém, não havia nenhum fiscal nas ruas até as 13h10, já que a lei ainda não foi regulamentada.


Segundo o prefeito Gilberto Kassab, a fiscalização será feita pelas subprefeituras, que já podem começar a multar. "Vamos aguardar a regulamentação da lei, mas desde já é proibido. As instituições bancárias sabem que a Prefeitura a qualquer momento pode entrar numa agência e ao constatar que estão sendo utilizados os aparelhos celulares pode punir a instituição bancária", disse.

Na Rua Boa Vista, no Centro de São Paulo, a maioria das agências até as 12h30 não possuía avisos sobre a nova lei. Os funcionários que sabiam da nova recomendação disseram que vão pedir a quem estiver com celular que o desligue. Se houver resistência, a polícia poderá ser chamada.

Quem caminhava pelo Centro nesta segunda tinha dúvidas. “Não imagino como eles vão fazer para controlar isso. Se vai ter alguém que vai ficar segurando o celular. Complicado isso”, disse um cliente. “E se ficar duas horas na fila do banco como vou avisar a família ou o chefe?”, disse uma mulher.

De acordo com o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, a proibição vai ser total. “Não haverá possibilidade alguma que a pessoa use o celular dentro do banco. O objetivo é zerar a utilização do celular”, disse, acrescentando que os telefones móveis não serão permitidos nem para quem quiser usá-lo apenas para ouvir música.

A multa aplicada aos bancos em que ocorrerem essa infração serão multados em R$ 2,5 mil. O valor dobra em caso de reincidência. A proibição já ocorre em 22 cidades do estado.

Febraban
A Federação Brasileira de Bancos afirmou em nota que é favorável à lei que restringe o uso de celulares dentro de agências bancárias da cidade de São Paulo.

“Embora considere a medida importante para coibir a criminalidade, ela isoladamente é insuficiente para prevenir novos casos da chamada ‘saidinha’. É fundamental promover ações conjuntas entre bancos, órgãos do poder público, municipal ou estadual, e a sociedade, de combate a essa modalidade de crime.”

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região divulgou uma nota na tarde desta segunda repudiando a medida. “A entidade considera que, além de inócua, a medida irá ferir um direito do cidadão e do trabalhador de se comunicar enquanto está no interior das agências". Ainda segundo a categoria, “a fiscalização pelo uso de celulares dentro das agências não pode ser transferida aos trabalhadores e que os bancos têm de tomar as medidas necessárias para garantir a integridade da população em seus estabelecimentos.”
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