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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Na hora do rush, trens no Rio de Janeiro apertam 8 passageiros onde cabem 4

A superlotação é o problema mais comum nos trens da Supervia (concessionária responsável pelos trens no Rio de Janeiro). Mas o incômodo em ter oito passageiros onde cabem quatro não é apenas a falta de conforto. Segundo o doutor em engenharia de transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Mac Dowell, o número excessivo de pessoas aumenta a chance de acidentes, uma vez que a composição pode ter mais dificuldade para frear, além de ter o vagão abaulado (deformado) por causa do peso, entre outras coisas.


- A superlotação é ruim sob vários aspectos. Quando está lotado, a porta não fecha, o desempenho do trem cai, e é preciso mais esforço, o que acaba desgastando o sistema.

A densidade demográfica de oito passageiros por m² em horários de pico foi calculada por Mac Dowell com informações de carregamento, que nada mais é do que a relação entre o número de passageiros e de trens e intervalos entre eles em determinadas viagens. O número ideal, porém, seria quatro passageiros por m². Esse número ficou como padrão de qualidade mundial depois de uma pesquisa feita pela RATP, empresa responsável pelo metrô em Paris, na França

- Nessas condições, o desconforto é grande e algumas pessoas podem passar mal. O ideal seria que, quanto mais longo o trajeto, mais conforto tivesse o passageiro.

Para Mac Dowell, solucionar os problemas do transporte ferroviário significa investir em quantidade e qualidade da frota, além de integrar todos os sistemas públicos de transporte, para atender bem não só a população carioca, mas também pessoas que virão aos grandes eventos esportivos que vão acontecer na cidade, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Além disso, de acordo com o engenheiro, uma frota nova é necessária para substituir os trens velhos, cujos defeitos acabam cancelando viagens e causando transtornos aos passageiros. Um maior número de carros também diminuiria a questão da superlotação

- Só assim será possível diminuir o intervalo entre os trens e oferecer um maior número de viagens.

No início de agosto, usuários tiveram que sair do trem e caminhar pelos trilhos depois que a Supervia identificou um problema na rede aérea em uma linha entre as estações do Méier e do Engenho Novo, na zona norte. Na manhã do dia 12 de setembro, imagens do helicóptero da Record mostraram um trem circulando com as portas abertas. Três dias depois, um problema numa composição do ramal de Japeri, acabou em tumulto de passageiros na Central do Brasil.
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