Manaus completa 342 de muita história, marcada principalmente por períodos econômicos, da era da borracha à modernidade da Zona Franca.

Uma capital de contrastes que passou por adaptações, onde locais históricos se tornaram pontos isolados. Alguns prédios ainda conservam o passado áureo, outros mostram o processo de transformação.

Para o arquiteto e urbanista, Jaime Kuck, Manaus possui uma arquitetura eclética. "É uma arquitetura eclética pois busca elementos em vários estilos diferentes, mas que sabe mesclar isso de forma muito bonita e rica", disse o urbanista.

Com o passar do tempo, imóveis residenciais foram transformados em comércios. Segundo historiadores e urbanistas, o aumento da população fez Manaus expandir em ocupações desordenadas. O descontrole trouxe sérios problemas sociais, que estão aos poucos sendo solucionados com reestruturações urbanísticas.

As mudanças na capital amazonense são impulsionadas pelo crescimento da cidade. Alguns exemplos estão nas construções verticais para habitação, nas melhorias do sistema viário com viadutos e nas obras para a copa do mundo.

Para Kuck, deve-se valorizar a arquitetura histórica. "Devemos valorizá-la, mas não de forma ilhada, onde somente alguns pontos da cidade são privilegiados e recebem atrações culturais relevantes, enquanto outros espaços urbanos são negligenciados", disse o arquiteto.

O grande desafio é encontrar a harmonia entre o novo e antigo para que a memória de Manaus seja conservada.