O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse, em audiência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado que o propósito da Operação Castelo de Areia não era investigar financiamento de campanha, mas lavagem de dinheiro e fraudes financeiras.
Segundo o ministro, a Polícia Federal (PF) realizou a investigação por cerca de um ano e três meses sem que nenhuma informação vazasse para a imprensa.
Se houve vazamento, afirmou ele, pode ter ocorrido por meio da Justiça Federal ou do Ministério Público, mas não da PF. Conforme explicou, jornalistas têm acesso, junto ao MP ou à justiça federal, ao relatório elaborado pela Polícia Federal, e o divulgam como se tivessem recebido informação de uma fonte da PF.
O diretor-geral da PF, Luis Fernando Corrêa, também ressaltou que o foco da investigação era a questão financeira e que os dados foram divulgados apenas em um único momento, quando a publicidade era permitida.
Os dois admitiram que a Operação Satiagraha foi a única que fugiu dos padrões estabelecidos pela PF, uma vez que houve exposição dos envolvidos.