Por que muita gente não está recebendo carta em casa, mesmo depois do fim da greve dos Correios? Já faz dias que as novidades pararam de chegar. Todas as manhãs a professora Simone Monzoki verifica a correspondência, mas a caixa está sempre vazia.

“Desde que terminou a greve, o carteiro praticamente não passa e quando passa deixa poucas correspondências. Durante a greve a gente teve menos, mas ainda chegava. Terminou a greve, piorou”, reclamou a professora Simone Monzoki.

O funcionário público Parreiras Rodrigues cansou de esperar. Decidiu ele mesmo ir aos Correios para pegar as correspondências do condomínio. “Eu voltei com um pacote. Eram mais de cem correspondências”, disse o funcionário público Parreiras Rodrigues.

Mesmo com o fim da greve dos Correios, a entrega das correspondências parece longe de ser normalizada. Os moradores reclamam que diminuiu a frequência que os carteiros passam. Em algumas regiões, a entrega só foi feita duas vezes depois do fim da paralisação.

“Fizeram um mutirão mesmo. Vieram vários carteiros. Mas, depois do dia 29 de outubro só retornaram no dia 11 de novembro. Então todas as correspondências com vencimento até o dia 10 que nós tivemos chegaram com atraso”, lamentou o empresário Gilson Locatelli.

A situação, às vezes, fica ainda pior. Além de toda a espera, a empregada doméstica Marlene Procópio conta: tem dias que o carteiro aparece sem fazer a entrega da correspondência. “Está tudo atrasado. Demora muito para vir e, quando vem, às vezes vem só aviso e tem de ir até o Correio reclamar. Tem de ir lá buscar”, afirmou a empregada doméstica Marlene Procópio.

Os Correios informaram que foram tomadas providências para normalizar a entrega. Vai fazer mutirões e novos funcionários, já contratados, devem começar a trabalhar em breve.