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Domingo, 28 de julho de 2024

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Colômbia: Farc fuzila 4 reféns militares, diz ministro da Defesa

Quatro militares que eram reféns da guerrilha colombiana Farc foram assassinados no departamento de Caquetá (sul), após confrontos com o Exército que realizava uma operação de busca, informou neste sábado o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.


"Esta manhã foram encontrados (os corpos). Os quatro reféns membros da força pública foram assassinados a tiros", disse Pinzón em uma coletiva de imprensa sem revelar suas identidades nem detalhar se eram membros do Exército ou da polícia.

"Depois de terem encontrado pistas na noite anterior (sexta-feira), as tropas se aproximaram e entraram em combate. Minutos depois, quatro pessoas foram assassinadas, três delas com disparos na cabeça e uma com tiros nas costas. Essas pessoas eram membros da força pública", disse o ministro.

No confronto, um soldado ficou ferido.

Segundo Pinzón, a região de Solano (Caquetá) vinha sendo palco de operações militares que buscavam por células da Farc há 45 dias.

"De acordo com informações prévias, sabíamos da possibilidade (de que essa coluna das Farc) tivesse em seu poder oficiais da força pública colombiana", disse.

O ministro disse ainda que a guerrilha deve "responder por esses crimes inaceitáveis", ao afirmar que as quatro pessoas foram "vilmente assassinadas a tiros" e que "havia correntes no local", supostamente para acorrentar os reféns.

Marleny Orjuela, que lidera um grupo de familiares de reféns das Farc, criticou a operação militar e qualificou de "desumana" a atitude do governo e da guerrilha.

"A cada dia a dor é maior, mataram as esperanças de nossas famílias", disse Orjuela, ao lembrar que sua organização sempre se opôs "ao resgate a sangue e fogo".

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantêm ainda sequestrados ao menos 14 policiais e militares, que planejam trocar por guerrilheiros presos. Alguns deles já estão há dez anos em cativeiro.

As Farc são a guerilha mais antiga da América Latina, com 47 anos de luta armada, e contam na atualidade com algo entre 8.000 e 9.000 combatentes, segundo cifras do Ministério da Defesa.
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