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Domingo, 28 de julho de 2024

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Dificuldade de idosos com camisinha agrava infecção por HIV, diz médico

Um pesquisa realizada pelo laboratório Frischmann Aisengart, com 482 idosos com mais de 60 anos, durante novembro de 2009 e setembro de 2010, registra maior incidência de HIV em homens do que em mulheres. O resultado diz que “das 283 mulheres testadas, foi observado um caso positivo. Dos 199 homens, três amostras [positivas]”.


Ainda se diz, no resultado, que "a resistência da sociedade em admitir que pessoas com mais de 50 anos continuem tendo vida sexual ativa contribuiu para o aumento do número de infectados".

De acordo com o laboratório, nos dez anos que seguiram a 1996, o número de pessoas infectadas duplicou entre os com mais de 50 anos, “passando de 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7. Dos 47.437 casos notificados nessa faixa etária desde o início da epidemia, 29.393 (62%) foram registrados entre 2001 e 2008. A maioria (63%) em homens”.

Na opinião do infectologista Jaime Rocha, “a escassez da inclusão desse grupo etário em campanhas de prevenção [faz] com que [as] pessoas se sintam à margem dos riscos de serem contaminadas pelo HIV”, o que as manteria com comportamentos inapropriados. O uso da camisinha é também um problema.

“O preservativo [para esses idosos] (...) é um artefato pouco utilizado [anteriormente], e apresenta dificuldade técnica [de] utilização. Alia-se a este desuso a ideia de que a camisinha é uma ferramenta meramente anticonceptiva e o receio de perda de ereções efetivas”, explica. Para ele, o uso estimulantes sexuais deve ser considerado em todo contexto.

O médico considera que o diagnóstico tardio é um dos maiores vilões da luta contra a doença, quando ela se apresenta em idosos.
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