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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Dificuldade para identificar áreas afetadas pela cheia no Amazonas pode atrasar liberação de recursos

A dificuldade na identificação das áreas mais atingidas pelas cheias no Amazonas pode levar ao atraso na liberação de recursos federais para o estado. Para receber o dinheiro, cada município deve preencher detalhadamente o Formulário de Avaliação de Danos, por meio do qual o governo federal identifica as áreas prejudicadas e pode formalizar os convênios necessários para repasse dos recursos. Ao preencher o documento, o município deve identificar corretamente as áreas atingidas.


No caso do Amazonas, contudo, a dificuldade está na ausência de pessoal técnico para realizar a atividade. O trabalho deveria ser feito pelas defesas civis municipais, mas, apesar de todos os 62 municípios estarem em situação de emergência, apenas 49 contam com defesa civil. E, desse total, apenas 16 estão com pessoal suficiente e em funcionamento perfeito, diz a de acordo com a Defesa Civil do estado.

Representantes de outros organismos estaduais, como o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), ajudam a Defesa Civil nesse trabalho. “A Defesa Civil estadual vai até cada uma das localidades para suprir essa carência. Contudo, outros órgãos estaduais, como o Idam, que existe em todos os municípios, ajudam e dão suporte. O grande problema é que temos de comprovar todas as situações e tem municípios com dificuldades de chegar à sua própria zona rural”, explicou o secretário de Defesa Civil do Amazonas, Roberto Roc.

Os municípios menos capacitados para avaliar os danos precisam esperar a ajuda das equipes da Defesa Civil estadual. De acordo com Rocha, as grandes distâncias entre as localidades e a impossibilidade de trânsito terrestre entre algumas delas resultam na necessidade de mais tempo para conclusão das ações.

“O Amazonas tem realmente uma condição especial nesse sentido. Em Santa Catarina e Minas Gerais, por exemplo, os processos de avaliação de danos são feitos mais rapidamente e por via terrestre. No nosso caso, para chegar a muitas localidades, só de barco ou avião”, acrescentou o secretário.

Para o analista técnico da Secretaria Nacional de Defesa Civil Valdério Veloso, que está em Manaus para reforçar a equipe de análise de processos dos municípios afetados pelas enchentes, a falta de conhecimento técnico dos municípios tem sido a maior dificuldade neste
momento. Ele informou que a Defesa Civil estadual está capacitando os municípios para essas ações, ao mesmo tempo em que avalia os danos. Ainda não há um relatório completo sobre as conseqüências das cheias deste ano no Amazonas. Somente com os formulários concluídos, será possível emitir parecer técnico sobre cada município.

“Muitos municípios realmente não têm conhecimento técnico necessário para o trabalho que precisamos fazer neste momento. Tem município que nem conhece Defesa Civil e não entende o objetivo maior do trabalho, que é a prevenção dos desastres”, afirmou Veloso.



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