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Domingo, 28 de julho de 2024

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'A meta é perder peso e ter saúde', diz jovem de 17 anos com quase 200 kg

O adolescente Igor Pereira, de 17 anos, mora em Salvador e pesa quase 200 kg. Atualmente ele faz tratamento para perder peso no Hospital das Clínicas, na capital baiana. Segundo os médicos, ele sofre de obesidade.


O estudante nasceu com quase quatro quilos. Com um ano, já pesava 18 kg. Aos nove, ele já estava com 78 kg. Agora com 17 anos, ele pesa 194 kg.

“Eu saía da escola ia para casa e ficava no computador, não saía [do computador]”, diz o garoto. Depois de 45 dias internado no Hospital das Clínicas, o jovem afirma que se sente melhor. Ele vai voltar para casa com 26 quilos a menos do que quando entrou na unidade de saúde. “A meta agora é continuar perdendo peso. Eu quero chegar aos 100, 120 kg, e ter saúde, que é o mais importante”, diz.

Dados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que de cada três crianças com idade entre cinco e nove anos, uma está com peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente no Hospital das Clínicas, em Salvador, são tratadas 300 crianças com obesidade. “Na maioria dos casos, mais de 95% deles, a doença é provocada pelo excesso de alimentação rica em calorias e gordura e a pouca atividade física. Hoje as crianças ficam muito tempo na TV e em jogos eletrônicos e gastam pouca energia”, afirma o pediatra do Hospital das Clínicas, Ney Boa Sorte.

Mudança de hábitos
A menina Mariana vai fazer quatro anos em 2012 e pesa quase 30 kg. A garota está mudando os hábitos alimentares por causa da obesidade. Ela começou a engordar quando ainda era um bebê. Com a orientação de médicos, os pais de Mariana estão mudando a alimentação dela. Eles trocaram o leite convencional pelo desnatado. Agora ela só come arroz integral e substituiu o chocolate por frutas e barra de cereal. “A dificuldade é ela não querer comer alguns alimentos. Para incentivar a minha filha, eu estou comendo junto com ela, o meu hábito também está mudando”, afirma Ana Paula Jovelina, mãe de Mariana.

De acordo com o médico Ney Boa Sorte, quanto mais cedo a obesidade começa, maior o risco da criança apresentar problemas de saúde como aumento da pressão, alteração no açúcar, diabetes, alterações ortopédicas, dores nas articulações, aumento do colesterol e, consequentemente, a obstrução de veias e artérias importantes.

O pediatra explica ainda que a doença pode ser evitada com uma alimentação saudável na infância, com aumento do consumo de frutas e verduras, redução do consumo de salgadinhos, biscoitos recheados e alimentos ricos em gorduras e calorias. “Tem que fazer com que essa criança faça o que toda criança deve fazer, que é brincar, correr, ter muita atividade física para que ela possa gastar essa energia”, afirma o pediatra.

O tratamento de obesidade infantil no Hospital das Clínicas é feito gratuitamente. O paciente deve ser encaminhado a unidade por um médico de qualquer posto de saúde.


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