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Domingo, 28 de julho de 2024

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Mulher flagrada furtando picanha é chefe de quadrilha, diz polícia

Foto: Divulgação

Mulher flagrada furtando picanha é chefe de quadrilha, diz polícia
A Polícia Civil acredita que a empregada doméstica de 54 anos detida nesta terça-feira (31) suspeita de furtar picanha e bebidas alcoólicas de um empório de luxo no bairro nos Jardins, em São Paulo, atue como chefe de uma quadrilha especializada em ações dentro de supermercados, bares, restaurantes e grandes eventos pela cidade.


Nesta terça, o SPTV mostrou imagens de câmeras do circuito interno da Casa Santa Luzia, – tradicional mercado de artigos de luxo–, que registram o momento em que a Jacira Aparecida Pereira tentar levar dentro da bolsa peças de picanha, bacalhau enlatado e bebidas alcoólicas de até R$ 1.480 a garrafa. Ela já havia sido filmada em outra oportunidade, no dia 19 de janeiro, quando conseguiu sair com os produtos do mercado.

Na terça, entretanto, a mulher conseguiu se desfazer dos produtos antes da chegada da polícia. Ao notar a movimentação dos seguranças do estabelecimento, ela retira os itens de dentro de sua bolsa e os deposita em uma prateleira do mercado. A mulher foi detida e levada para a delegacia, onde foi indiciada por furto. Como não houve flagrante, ela foi liberada.

Segundo o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, titular da Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur), a mulher é a chefe de uma quadrilha e atua com, pelo menos, outras três mulheres, todas como ela, na mesma faixa etária, vestidas mais ou menos do mesmo jeito e que atuam da mesma forma.

Gonçalves diz que a doméstica contabiliza outras oito passagens pela polícia, todas por furto. E tem ao menos duas condenações na Justiça. "Ela é uma professora do crime. Ela ensina os outros e se beneficia da lei. Como é um furto simples, você é obrigado a imputar fiança. Ela é tão cara de pau que a gente mostra o vídeo em que ela aparece em ação e ela diz que não é ela, que é outra pessoa parecida com ela", conta Nico Gonçalves.

O objetivo das investigações, afirma o delegado, é identificar quais são os pontos de distribuição dos produtos furtados. Quando questionada pela polícia, diz ele, a doméstica afirma que trabalha “por encomenda”. "Ela disse que trabalha por encomenda. Então, ela vai diretamente nos produtos solicitados e furta", afirma.

A advogada de Jacira, Maria das Graças Gomes Brandão, diz que vai se reunir com a cliente nesta sexta-feira (3) para definir a linha de defesa. Questionada se a mulher confirma que trabalha "sob encomenda", como informa o delegado, ela nega. "Minha cliente reservou-se ao direito de responder apenas em juízo. Se ela disse alguma coisa, foi extraoficialmente."

Quadrilhas
Segundo o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, pelo menos seis quadrilhas nos moldes da que é chefiada pela empregada doméstica de 54 anos operam atualmente na cidade de São Paulo. Ele diz que, com a exceção desta, as demais são formadas majoritariamente por integrantes estrangeiros, como paraguaios, bolivianos e peruanos. Eles visitam locais de grande concentração, como casas de show, feiras, supermercados e furtam bolsas, celulares de frenquentadores e produtos à venda”, diz.

Moema
Ladras que cometem crimes com a mesma naturalidade também agiram em um restaurante da Alameda Gaivota, em Moema, na Zona Sul de São Paulo. Elas foram flagradas pelas câmeras. As imagens mostram duas mulheres que fingem falar no celular. Uma delas, de vestido branco, joga uma blusa no encosto da cadeira para disfarçar, pega a bolsa de uma cliente e sai calmamente com a comparsa. Elas ficaram apenas 26 segundos no restaurante.

A segurança foi reforçada, mas os clientes também precisam tomar cuidado. As imagens podem ajudar a polícia a identificar e prender as ladras do restaurante de Moema.
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