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Domingo, 28 de julho de 2024

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Corpo de procuradora morta em Nova Lima é enterrado em Belo Horizonte

Foto: (Foto: Alex Araújo/G1)

Cortejo segue para enterro da procuradora

Cortejo segue para enterro da procuradora

O corpo da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, de 35 anos, foi enterrado no início da tarde desta sexta-feira (3) no Cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. O velório foi restrito a familiares e amigos. O marido da procuradora, Djalma Brugnara Veloso, que era suspeito de matá-la, foi achado morto. O casal deixou dois filhos.


Na chegada para o velório, a família não quis dar declarações sobre o assassinato. Por volta das 10h30, a babá dos filhos do casal, que é a prinicipal testemunha do crime, entrou no cemitério. Ela estava em um carro e também não comentou sobre o crime. "Estamos todos chocados", disse o funcionário judiciário Glauco Santos, casado com uma amiga de Ana Alice.

Investigação
A delegada Renata Ribeiro Fagundes disse na manhã desta sexta-feira (3) que está descartada a presença de uma terceira pessoa na cena da morte da procuradora federal. Pelas investigações preliminares, segundo a delegada, há fortes indícios de que o marido, Djalma Brugnara Veloso, de 49 anos, seja o autor do crime. Ana Alice foi morta na madrugada desta quinta-feira (2), a facadas, dentro da casa onde morava em um condomínio de luxo em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A babá estava em casa, no momento do crime, e se escondeu em um cômodo com os dois filhos do casal.

Morte do marido
Na madrugada desta sexta-feira (3), o corpo de Veloso foi encontrado em um motel às margens da BR-356, no bairro Olhos D’Água, em Belo Horizonte, com nove facadas, segundo a Polícia Militar. De acordo com imagens dos circuitos internos de TV do condomínio onde o casal morava e do motel, mostrados na entrevista coletiva pela delegada, Veloso deixou o residencial às 4h39 de quinta-feira e entrou no motel às 4h47.

Renata Fagundes disse que, se for confirmado que Veloso matou a mulher, o inquérito será arquivado porque, com a morte dele, fica “extinta a punibilidade do autor”. Nesta quinta, a delegada confirmou que ouviu quatro testemunhas da morte da procuradora, e outras três devem ainda ser ouvidas até o fim do inquérito. Em um dos depoimentos, a testemunha disse que Veloso não morava mais da casa dentro do condomínio, mas que frequentava o local, segundo Renata. Ele havia tido a prisão preventiva decretada pela Justiça na tarde desta quinta e estava foragido.

Separação
O casal estava em processo de separação. Segundo a delegada de Nova Lima, Renata Ribeiro Fagundes, o marido da procuradora não aceitava o fim do casamento. Na noite desta quarta-feira (1º) o juiz titular da Vara de Nova Lima, Juarez Morais, havia assinado uma decisão para que o marido da procuradora saísse de casa.

No dia 24 de janeiro, a procuradora registrou um boletim de ocorrência por agressão verbal e ameaça de morte atribuídas ao marido. No dia 25, o juiz assinou um pedido de audiência para que o suspeito fosse ouvido, com base na Lei Maria da Penha, que dispõe sobre violência doméstica familiar. A intimação foi entregue para o marido nesta quarta-feira (1º), segundo o advogado da mulher. De acordo com a polícia, o homem teria voltado à casa para tirar satisfações sobre o processo.

Segundo o advogado de Ana Alice, Murillo Evandro de Andrade, uma audiência com os dois tinha sido marcada para o dia 15 de fevereiro, mas o defensor iria pedir para que eles fossem ouvidos separadamente.

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