Nesta sexta-feira (3), o expediente terminou mais cedo em Salvador. Às 17h, muitos comerciantes já tinham fechado as portas, mas ainda temem que os arrombamentos da última noite se repitam.

A preocupação dos moradores da capital baiana fica ainda mais clara em locais como o Rio Vermelho, bairro boêmio da cidade. O largo recebe, às sextas-feiras e nos fins de semana, centenas de baianos e visitantes que vêm comer o famoso acarajé. Na noite desta sexta-feira, a baiana não veio e também não há clientes.

Outros pontos turísticos também estão vazios. Na última madrugada, 15 homicídios foram registrados em cinco horas, número superior à média registrada esta semana.
Um terço dos policiais militares do estado está em greve desde terça-feira (31). A categoria quer o aumento de uma gratificação. O governo do estado pediu reforço, e o governo federal está mandando mais de 3 mil homens da Força Nacional de Segurança e do Exército.

“Se precisar de mais gente, nós vamos colocar. Nós estamos trabalhando e vamos ficar aqui o tempo que precisar”, diz o general Gonçalves Dias, comandante da 6ª região militar.

Na noite desta sexta-feira (3), o governador da Bahia, Jaques Wagner, fez um pronunciamento na televisão para acalmar a população. Lembrou que a Justiça já considerou a greve ilegal e que há mandados de prisão para os 12 líderes do movimento.