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Domingo, 28 de julho de 2024

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Policial da BA que cometer crime irá para presídios federais, diz ministro

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que já fez o pedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima para encaminhar, caso seja necessário, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista que já dura cinco dias na Bahia.


Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã deste sábado (4) ainda na Base Aérea, o ministro relatou que o movimento é "inaceitável" em um estado de direito. Ele desembarcou na capital por volta das 10h, em companhia do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e da secretária Nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki.

"Por isso, a presidente Dilma assinou um decreto de lei e de ordem. A partir do momento em que a operação é assinada, todos os crimes feitos nesse período são qualificados como crimes federais e serão tratados como tais. Seremos muito firmes no cumprimento do nosso dever", afirmou. Até o momento, 12 mandados de prisão foram expedidos para pessoas distintas do movimento. Há previsão oficial de que soldados federais sejam deslocados para Assembleia Legislativa, onde acampam os grevistas, para cumprir a reintegração de posse de viaturas da PM.

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Governador da Bahia condena greve de PMs e cita mandados de prisões'BA deve funcionar normalmente', diz general do exércitoEventos são cancelados em Salvador por causa de greve parcial da PMSalvador e região têm 29 homicídios em 30 horas, registra SSP-BAO governador Jaques Wagner, que também participou da coletiva, junto ao general do Exército Gonçalves Dias e o secretário de Segurança Pública, acrescentou que não irá conceder anistia aos policiais que praticaram atos de vandalismo contra a sociedade ou depredação do patrimônio público. Ele ressalvou que irá enquadrar crime como crime, independente de serem policiais militares.

Questionado sobre o alto número de homicídios, que já somam 30 casos de sexta (3) para sábado (4), o governador diz que está sendo criada uma "guerra psicológica". De 0h de sexta até 6h de sábado, foram 29 homicídios, porém um policial civil à paisada foi assassinado por volta das 10h durante tentativa de assalto.

O general Dias reafirma que a população deve ficar tranquila por conta do reforço militar. Segundo ele, três mil homens deve desembarcar em helicópteros das Forças Armadas, Aeronáutica, Marinha e Força Nacional ao longo do dia. O ministro reiteirou que é o maior contigente deslocado para controlar situação de greve policial dos últimos anos.

A greve de parte dos PMs foi decretada na noite de terça-feira (31) e desde então uma série de violência e furtos foram registrados na capital baiana. De acordo com o balanço registrado no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), só na sexta-feira (6) foram registrados 28 homicídios, além de dez tentativas de homicídios.

A Secretaria de Segurança Pública estima que 1/3 do efetivo total, de 31 mil, esteja parado. Os policiais grevistas são vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que organiza a mobilização, e desobedecem ordem judicial que determina retomada às atividades.
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