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Domingo, 28 de julho de 2024

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'Preferia que ela ainda estivesse presa', diz mãe de morta em incêndio

A mãe de uma das vítimas do incêndio ocorrido na manhã deste domingo (5) na Favela do Corujão, localizada na rua João Veloso Filho, Vila Guilherme, Zona Norte da capital paulista, disse ao G1 que preferia que a filha estivesse presa a morta.


Raquel da Silva, de 24 anos, encontrada carbonizada, fugiu da prisão havia cerca de um mês, segundo Maria do Carmo da Silva.

“Ela estava na cadeia há mais de dois anos por causa das drogas. Eu preferia que minha filha ainda estivesse presa do que morta”, disse Maria do Carmo, que cria os dois filhos de Raquel – Kennedy, de 4 anos, e Evelyn, de 7.

O marido de Raquel, Vanderley, de 25 anos, também morreu no incêndio. Ambos estavam dormindo quando o fogo começou, por volta das 7h30. “Eu falei para ela não dormir lá na noite passada, porque ela morava comigo”, afirma a mãe. Os moradores acreditam que o fogo tenha começado no barraco onde o casal estava, pois eles foram os únicos que não sobreviveram.

A irmã de Raquel, Renata Leandro da Silva, de 28 anos, está bem, mas perdeu tudo o que tinha. Ela vivia na favela com o marido e os três filhos.

Dois morrem em incêndio em favela da Zona Norte de SP“Os bombeiros levaram mais de 40 minutos para chegar. Por sorte, o meu barraco fica longe de onde começou o fogo”, diz a recicladora Maria Aparecida Pereira, que vai continuar no local e entrar em casa assim que a área de 4 mil m² for liberada pela Defesa Civil. O filho dela e o neto tiveram o barraco destruído, e agora todos vão viver no que restou.

A Favela do Corujão tinha 300 barracos. Estima-se que 60 foram destruídos pelo fogo.
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