No dia 9 de janeiro deste ano entrou em vigor a nova lei das calçadas em São Paulo. Porém, um mês após o início da fiscalização os problemas continuam. Quem circula pelas vias destinadas aos pedestres tem a sensação de que nada mudou. O SPTV andou pelas ruas da capital para ver como estão os passeios. Os problemas foram mostrados nesta sexta-feira (24).

Na Vila Madalena, Zona Oeste, é difícil caminhar pela Rua Aecri. Uma lixeira, uma planta e um poste atrapalham a circulação de pedestres e o jeito é se arriscar e andar pela rua. O caminho é bem estreito. Degraus e árvores também são obstáculos.

Os moradores sabem que tudo está errado. “Um poste não fui eu que coloquei, mas eu tenho que ir atrás para resolver. Deveria ser a própria Prefeitura a fazer isso”, reclama o microempresário Marcus Paulo Tavares.

A fiscalização até passou pela região, mas não multou nem orientou ninguém. “Foi uma visita que gerou bastante dúvida se a gente vai conseguir adequar a nossa calçada ao decreto ou não. Não teve informações precisas da fiscal”, relata a analista de comércio exterior Ira Kutney.

Na Zona Sul, a situação das calçadas também não é boa. Na Avenida do Cursino, o passeio está todo esburacado e andar é quase um desafio. Além disso, o lixo impede a passagem do pedestre. “A calçada está esburacada há muito tempo. Quase nem da para passar”, conta o marceneiro Marcelo Rodrigues.

Na Rua Botuvera, no Jabaquara, também na Zona Sul, a situação também é complicada. “Tem que ir pela rua. Ali é difícil porque tem um córrego também. A gente precisa andar com bastante cuidado”, diz a estudante Telma da Silva.

O cuidado deve ser redobrado também na Rua Monsenhor Antônio Pepe, atrás do Aeroporto de Congonhas. A Infraero que administra o aeroporto diz que não cuida de calçada e joga o problema para as empresas que funcionam lá.