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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Operadores de brinquedo do Hopi Hari não têm data para voltar ao trabalho

Os cinco funcionários do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, que operavam o brinquedo La Tour Eiffel onde uma adolescente de 14 anos morreu na sexta-feira (24), não têm data para retornar ao trabalho. Eles foram afastados por determinação médica após o acidente. Três dias após a queda, a perícia técnica apontou uma possível falha humana como principal hipótese para a queda de Gabriela Nichimura. Já o advogado da família da vítima, Aderbal Gomes, contesta a informação e defende que a perícia foi feita no assento errado.


Segundo a assessoria de imprensa do Hopi Hari, os operadores do brinquedos ainda passam por avaliação médica e recebem acompanhamento psicológico. Não existe uma data prevista para os funcionários terem alta da licença, de acordo com o parque.

O delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, responsável pela investigação do acidente, quer ouvir os operadores, mas os dias e horários dos depoimentos ainda não foram marcados.

Reforço em trava
Noventa Júnior disse que o cinto que prende os usuários do brinquedo foi colocado na atração em 2003, a pedido do fabricante. Entre os anos de 1999 e 2003 apenas uma trava mecânica era usada como segurança do turista. A informação foi passada ao policial pelos técnicos do parque.

A Polícia Civil investiga se no dia do acidente o cinto estava afivelado e se a trava estava em funcionamento. A mãe de Gabriela, Silmara Aparecida Nichimura, em entrevista ao Fantástico, disse que a filha comentou que estava sem o dispositivo de segurança. Ela teria perguntado ao funcionário do parque, que disse que a atração "é segura".

Na terça-feira, o engenheiro mecânico que coordena a manutenção dos equipamentos do Hopi Hari prestou depoimento para explicar o funcionamento das atrações. Ele descartou falha mecânica do brinquedo onde estava a adolescente. O delegado não divulgou o nome do engenheiro, que deixou a delegacia sem falar com os jornalistas. O advogado do Hopi Hari, Alberto Zacharias Toron, também não quis divulgar o nome do funcionário.

Novos depoimentos
Os pais de Gabriela Nichimura, Silmara e Armando Hoisatochi da Costa Yukari Nichimura, chegaram à delegacia de Vinhedo no começo da tarde desta quarta-feira (29) para prestar depoimentos. O advogado da família, Aderbal Gomes, conversou com a imprensa e disse que os técnicos fizeram a perícia em uma cadeira que não era usada pela adolescente. Gomes alegou ainda que entregou à polícia uma foto feita pouco antes do acidente, que mostra que Gabriela estava na cadeira da esquerda para quem se posiciona em frente do brinquedo.

Segundo o advogado, a menina estaria, de fato, ocupando uma cadeira que não foi periciada por que estaria “desativada para manutenção”. Segundo o advogado, dois funcionários do parque também teriam mentido sobre o posicionamento da menina no brinquedo na hora da queda.
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