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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Indiciados por morte no Hopi Hari devem ser divulgados até 4ª feira

O delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior deve revelar até quarta-feira (18) os nomes dos indiciados pela morte de Gabriela Yukari Nichimura, de 14 anos. A menina morreu no dia 24 de fevereiro ao cair do brinquedo "La Tour Eiffel", no parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP).


Ele adiantou que o inquérito caminha para homicídio culposo - quando não há intenção de matar. "Cada um teve sua responsabilidade e contribuiu para que a Gabriela viesse a óbito", resume.

Noventa Júnior recebeu na sexta (13) o laudo da perícia feita pelo Instituto de Criminalística (IC) de Campinas no brinquedo conhecido como elevador e informou que a cadeira ocupada pela adolescente foi alterada um dia antes do acidente. "Uma chave que mantinha o assento impossibilitado de ser utilizado foi modificada durante uma manutenção", explica.

“Eles pretendiam colocar em funcionamento uma sessão que estava parada utilizando uma peça, um articulador, dessa cadeira inoperante da sessão três. Aí é que está o grande problema, houve uma negligência no momento em que eles trabalhavam nessa cadeira, no sentido de fechar essa chave e mantê-la sempre fechada como estava até a data do acidente”, disse o delegado.

Outro problema apontado pelo laudo foi a falta de aviso sonoro e visual de que o assento onde Gabriela é inativo, já que há pelo menos dez anos não era usado. "O perito concluiu que a cadeira inoperante estava sem duas bobinas e com apenas um pistão atrás do assento. A finalidade desse pistão é manter a trava fechada", afirmou o delegado.

Ministério Público
O promotor de Justiça Rogério Sanches informou que o cenário do acidente "está bem claro", mas aguarda a conclusão do inquérito para apresentar o caso à Justiça na sequência. "Quando receber o inquérito, tenho um prazo de 15 dias para oferecê-las [para Justiça]", explicou Sanches.

Sobre a conclusão das investigações, o promotor também disse que o indiciamento por homicídio culposo é a "tese mais plausível".

Investigações
O depoimento do vice-presidente do parque de diversões Hopi Hari, Cláudio Guimarães, na segunda (9), encerrou a fase de oitivas. Cerca de 20 testemunhas prestaram esclarecimentos, que incluem a mãe de Gabriela, a prima que estava sentada ao lado da adolescente no brinquedo, Natasha Domareski, uma tia, os operadores Edson da Silva, Marcos Antônio Tomás Leal e Vitor Igor de Oliveira e o atendente sênior Lucas Martins.

A polícia iniciou as investigações do caso apontando que a adolescente teria sentado em uma cadeira diferente da que estava realmente. Durante as apurações, uma foto apresentada pelo advogado da família de Gabriela, Ademar Gomes, no dia 29 de fevereiro (cinco dias após o início do trabalho da Polícia Civil), mudou o rumo do inquérito.

A família de Gabriela acompanha a sequência das investigações pela internet e por meio de conversas com o advogado Ademar Gomes. Silmara Nichimura informou que o parque não propôs acordo para o pedido de indenização.
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