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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Palmeirenses e corintianos são indiciados por brigas com mortes

A Polícia Civil de São Paulo indiciou palmeirenses e corintianos por brigas entre torcidas organizadas que resultaram em mortes entre o agosto do ano passado e março de 2012.


De acordo com o delegado Arlindo José Negrão Vaz, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), três palmeirenses ligados à Mancha Alviverde foram indiciados pelo homicídio do corintiano Douglas Karin Silva, de 27 anos, encontrado morto no Rio Tietê em agosto de 2011. A vítima era ligada a Gaviões da Fiel.

Segundo Vaz, também foi pedido à Justiça a conversão da prisão temporária para preventiva dos três palmeirenses suspeitos. A Justiça ainda não se pronunciou sobre essa solicitação até as 12h desta quarta-feira (25). Entre os indiciados detidos desde o dia 4 de abril está Lucas Lezo, vice-presidente da Mancha.

“O caso do corintiano morto no ano passado foi concluído. Os palmeirenses vão responder pelo crime e o inquérito será remetido à Justiça”, disse Vaz ao G1 nesta manhã.

Briga em março
O delegado indiciou também dois corintianos ligados a Gaviões pelos assassinatos de dois palmeirenses da Mancha durante confronto marcado pela internet ocorrido no dia 25 de março, na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte da capital. Os indiciados também vão responder pelos crimes de lesão corporal e formação de quadrilha. Eles foram presos temporariamente no início deste mês.

Os palmeirenses André Alves Lezo, de 21 anos, e Guilherme Vinícius Jovanelli Moreira, de 19 anos, morreram após a briga no mês passado. Lezo foi baleado e Moreira, golpeado com uma barra de ferro na cabeça. Cerca de 300 torcedores das torcidas organizadas se envolveram na confusão, que foi marcada pela internet.

Outros dois palmeirenses também foram indiciados por participação no confronto do mês passado. Eles responderão por formação de quadrilha porque portavam armas no dia da briga, segundo a polícia. Entre os torcedores identificados está Tiago Lezo, irmão de Lucas, vice da Mancha, e de André, morto na briga.

Tiago e o outro membro da Mancha indiciados foram presos com mais quatro palmeirenses em 27 de março. Mas segundo a Decradi, todos os seis palmeirenses deverão ser soltos nesta quarta-feira por decisão judicial. Eles estão detidos na carceragem do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na região central.

A polícia chegou a pedir a prorrogação da prisão temporária de Tiago, mas a Justiça não aceitou a solicitação, segundo o delegado Vaz. O inquérito a respeito da briga em março ainda não foi concluído e mais torcedores poderão ser indiciados.

Mancha Alviverde
Procurado pelo G1, o presidente da Mancha Alviverde, Marcos Ferreira, comentou o indiciamento e a liberdade concedida aos palmeirenses.

"Eu acredito na inocência dos nove palmeirenses que foram indiciados. Agora se a polícia tem informações que eles participaram da morte do corintiano, cabe a ela provar isso na Justiça”, disse o presidente da torcida organizada, que comemorou a decisão da Justiça em soltar seis torcedores que estão presos. “Recebemos com alegria a soltura deles, que têm trabalho e estudam."

Segundo Ferreira, um advogado da Mancha está acompanhando os seis palmeirenses, que deverão ir ao Instituto Médico Legal (IML), antes de serem liberados.

Gaviões da Fiel
O G1 não conseguiu localizar os responsáveis e advogados da Gaviões da Fiel para comentarem o assunto.
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