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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Mais um funkeiro sofre ameaça de morte na Baixada Santista

Após o recente assassinato de dois funkeiros na Baixada Santista, mas um cantor recebeu uma ameaça de morte. MC Léo diz que não sabe se é uma brincadeira, mas que ligaram no telefone dele e fizeram a mesma coisa que fizeram com o MC Careca, uma das vítimas recentes.


— Não sei se é brincadeira ou algo do tipo, mas ligaram no meu telefone de contato pra show e fizeram a mesma coisa que fizeram com o careca.

No dia seguinte à ameaça, o cantor postou outra mensagem em forma de resposta na internet. Ele diz que se for brincadeira, que parem e que, se deixá-lo com medo era o que queriam, conseguiram.

Três policiais militares são presos suspeitos de morte de funkeiro

Nos últimos dois anos, a polícia registrou a morte de cinco funkeiros na Baixada. A primeira, ocorreu em abril de 2010, quando os MC Felipe Boladão e o DJ Felipe Silva, que faziam shows juntos, foram executados. Câmeras flagraram o exato momento em que dois homens em uma moto passam pelos dois, que estavam em um calçada. Eles são alvos de vários tiros a queima-roupa.

Os pais de Felipe Boladão lembram que acompanhavam de perto a carreira do filho. Segundo o pai, ele nunca gostou de estar no baile sozinho.

— Ele odiava arma, tinha medo de revolver, tinha medo de violência. Ele foi criado com amor e carinho e transmitia amor e carinho.

Até hoje, nenhum suspeito do crime foi preso.

Em abril do ano passado, a vítima foi o MC Duda do Marapé. Ele executado no centro de Santos com disparos de uma pistola .40, mesmo calibre usado pela Polícia Militar.

Funkeiros fazem protesto na Paulista

Polícia diz que funkeiro foi executado
Neste ano, foram dois assassinatos: MC Primo e MC Careca. Esse último recebeu uma ameaça por telefone no velório de Primo. Em comum, além das circunstâncias da morte, os dois tinham o gênero de música que faziam, o chamado Proibidão – na qual os versos exaltam as facções criminosas e provocam a PM.
Para o delegado José Octávio Mello, as letras criam uma zona de conflito entre os policiais e os cantores de funk que cantam o proibidão.

— Eles procuram fazer música que criticam afrontam o sistema. Só que está atingido uma parte de pessoas que não aceita, não sabe lidar com isso. Acredito que quem não aceita, numa revolta geral, acaba executando essas pessoas.

Na semana passada, três PMs foram presos suspeitos de envolvimento nesses dois últimos crimes.

Mesmo assim, por causa das mortes consecutivas, a Baixada Santista deixou de ser o principal reduto do funk no Estado de São Paulo e os cantores estão deixando a região.
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