Olhar Direto

Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Gravidez na adolescência preocupa especialistas em Uberaba, MG

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, dados da Secretaria Municipal de Saúde, mostram que as maternidades de Uberaba registraram, apenas neste ano, 204 partos de mães precoces. Segundo especialistas a maioria dos jovens tem informação sobre prevenção para evitar um filho na adolescência, mas isso não ocorre. E quando estas crianças são encontradas em situação de risco é comum que o Conselho Tutelar adote medidas para proteção.


Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que as maternidades de Uberaba registraram, apenas neste ano, 204 partos de mães precoces. A maioria delas, 197, tem entre 16 e 19 anos. Outras sete adolescentes foram mães pela primeira vez aos 15 anos.

A estudante Ana Márcia Sena é um exemplo de jovem que teve a vida transformada pela gravidez na adolescência. O namoro terminou antes mesmo de a filha nascer. Hoje, com 20 anos, ela encara a responsabilidade de cuidar de uma criança de três anos. “Minhã mãe conversava muito comigo, me levou no médico para tomar remédio. Engravidei por descuido mesmo. E sei que tenho que ir pra escola se eu quiser dar um futuro melhor para minha filha”, disse.

Casos como o de Ana Márcia se repetem em muitas famílias brasileiras. As entidades de proteção entendem que, hoje, a falta de informação já não é um problema tão grave. "Infelizmente uma adolescente que está inserida em um núcleo social desestruturado, que não tem uma perspectiva de vida, ela acha que a única alternativa dela para fugir daquele ambiente é ser mãe", afirmou a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Michele Carvalho.

Segundo a coordenadora do Conselho Tutelar de Uberaba, Elci Maria de Jesus Nunes, os casos de mães adolescentes em situação de risco são encaminhados para a instituição e muitas vezes para preservar a criança algumas medidas são necessárias. “Ainda encontramos famílias que não querem assumir a criança e que temos que fazer a retirada do bebê, o que pode provocar um trauma ainda maior para a adolescente, mas não podemos deixar o bebê em situação de risco”, lembrou a especialista.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet