O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, espera que os metroviários e funcionários da CPTM encerrem a greve iniciada na madrugada desta quarta-feira (23) após uma audiência marcada no Tribunal Regional do Trabalho, prevista para as 12h. Alckmin admitiu que os ônibus extras colocados em circulação não são suficientes para garantir a volta para casa dos paulistanos caso a greve continue nesta tarde.

“Não tem como o sistema de pneus, de ônibus, substituir Metrô e trem. Nós conseguimos colocar em funcionamento algumas linhas parciais. Acreditamos na audiência que acontece neste momento na Justiça do Trabalho e no cumprimento da decisão judicial”, disse Alckmin em entrevista ao SPTV. Quando perguntado se seria possível colocar mais trens em funcionamento nesta tarde, Alckmin afirmou: “O que temos que ter é cumprimento de ordem judicial”.

Segundo ele, a greve é uma “crueldade” com a população paulistana. “Esta greve não tem o menor sentido, é uma crueldade com os trabalhadores e trabalhadoras de São Paulo”. O governador ressaltou que os grevistas descumprem a decisão judicial de manter o Metrô operando em 100% nos horários de pico e em 85% nos demais horários.

Alckmin afirmou que o dissídio dos metroviários se encerra em 31 de maio. Mais cedo, em entrevista ao Bom Dia São Paulo, Alckmin havia classificado a greve de “político-eleitoreira”. Nesta tarde, ele voltou a ressaltar o caráter político da paralisação. “Ano passado não teve eleição, não teve nenhuma greve. Este ano tem eleição, teve greve. Será só uma coincidência?”, questionou. “É um grave um descumprimento de ordem judicial com prejuízo para milhares de trabalhadores de São Paulo.”

Segundo o governador, o Metrô transporta 4,5 milhões de passageiros por dia, e a CPTM, 2,7 milhões. “A greve é totalmente absurda, [promovida por] um grupelho irresponsável”.