Ribeirinhos do Rio Madeira e afluentes estão com dificuldades para escoar a produção agrícola de Rondônia, como mostrou o Jornal de Rondônia.

O governo do estado disponibilizou um barco alugado para realizar o transporte, mas muito do que é produzido fica para trás. A embarcação passa uma vez por mês nas localidades, quantidade insuficiente, de acordo com os produtores rurais.

O problema se agrava quando a farinha de mandioca, principal produto ribeirinho, chega ao porto de Porto Velho, ela não tem onde ser estocada depois que chega no cais.

Sem alternativas, os produtores são obrigados a vender a saca aos atravessadores, que oferecem um preço muito baixo do valor do mercado. João Castro, produtor rural, disse que os valores chegam a R$ 55, quando poderiam vender por R$ 140.

Em 2008, a Enaro, empresa do governo estadual que fazia esse transporte, foi desativada. O armazém que fica no complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, uma área da União, foi doado para uma fundação cultural da prefeitura de Porto Velho, que informou que o local será transformado na sede administrativa do complexo.