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Domingo, 28 de julho de 2024

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Polícia vai pedir que Elize Matsunaga continue presa até o julgamento

A polícia de São Paulo vai pedir à Justiça que Elize Matsunaga continue presa até o julgamento. A defesa pediu nesta segunda (11) a libertação dela. Elize confessou ter matado e esquartejado o marido, diretor executivo da Yoki. Confira trechos inéditos do vídeo que foi exibido pelo Fantástico de domingo (10). As imagens, que, segundo Elize, teriam motivado a discussão do casal, antes do assassinato.


Um detetive registrou os passos de Marcos Matsunaga, durante os três dias em que Elize, a esposa, viajava com a filha para o Paraná.

A gravação mostra que na noite do dia 17 de maio, Marcos e uma mulher chegam a um restaurante e ficam lá até 0h. Mais tarde os dois aparecem na porta à espera do carro. E trocam carícias. O detetive segue até um hotel.

No dia seguinte, Marcos e a mulher são gravados em outro restaurante. Ficam lá por uma hora. Na saída, mais uma vez, são vistos abraçados. À 0h o carro dele entra no mesmo hotel.

A mulher que aparece nas imagens foi encontrada pela polícia. Ela confirmou que é garota de programa e que esteve com Marcos nos dias que antecederam o crime. Disse também que tinha um caso com Marcos desde o início do ano e que ganhou um carro dele.

No depoimento à policia, Elize disse ter falado para Marcos que havia colocado um detetive atrás dele. Que, naquele momento ele se transformou, ficou bastante irritado. Elize disse que foi xingada e Marcos desferiu um tapa na cara.

Elize também contou à policia que Marcos falava que tinha dinheiro, que ia sumir com a menina e ela nunca mais ia vê-la.

Elize, então pegou a pistola que ganhou de presente na gaveta e atirou uma vez na cabeça do marido. Depois, esquartejou e escondeu o corpo

Uma babá contou ao repórter Valmir Salaro o que viu no dia seguinte.

Empregada: “5h50 eu fui para a cozinha. Encontrei ela no corredor e ela me pediu pra fazer umas coisas que eu não achei normal. Mas fiz".

Fantástico: "o que ela pediu pra senhora?"

Empregada: "lavar os lençóis, lavar o cobertor, tirar capa de edredom".

Fantástico: "a senhora chegou a ver mancha de sangue?"

Empregada: "não, nada disso, não vi nada"

Fantástico: "ela não comentou nada?"

Empregada: "não, estava normal, tranquila. Ainda estava de pijama".

Segundo a empregada, Elize só falou do desaparecimento do marido dois dias depois.

Empregada: "Ela falou dois dias depois, acho que por causa da gente ficar perguntando. Falou que ele tinha saído no domingo e que ele não tinha mais voltado pra casa. Ela achava ele tinha sido sequestrado".

O detetive que seguiu Marcos e as empregadas que trabalham para o casal Matsunaga estão entre as nove testemunhas que prestaram depoimento. Elize foi indiciada por homicídio duplamente qualificado. Por matar com crueldade e motivo fútil. A polícia só espera a conclusão dos laudos da perícia para mandar o inquérito à Justiça. Mas a defesa dela já começou a ser preparada.

O advogado se concentra em diminuir a pena. Pesa contra ela a forma como o marido foi morto.

“Eu acho que motivo fútil, esse motivo banal, de pouco valor, não se liga as ofensas, as humilhações, a questão de valores que lhe foram colocadas. E o segundo motivo seria a crueldade. Não há crueldade no homicídio”, afirmou Luciano de Freitas Santoro, advogado de Elize.

O desembargador Marco Antonio Marques da Silva acredita que por Elize ter confessado o crime e a polícia ter concluído que houve crime passional, ela pode ter uma punição menor.

“O crime maior, de maior gravidade, que é o homicídio, teria sido passional, teria sido motivado por uma situação excepcional e não premeditada. Isso também indica eventual possibilidade de atenuante”, disse o desembargador Marco Antonio Marques da Silva.
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