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Domingo, 28 de julho de 2024

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Conselho de Ética adia decisão sobre Protógenes e PT quer arquivamento

O Conselho de Ética da Câmara adiou nesta quarta-feira a votação sobre a abertura de investigação contra o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). A decisão ficou para a primeira semana de julho.


Após o pedido de vista do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que foi acompanhado por outros parlamentares, o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), remarcou a análise do tema para depois da conferência Rio+20, das convenções partidárias e das festas de São João, eventos que devem esvaziar a Câmara.

Na reunião, o relator do caso, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), leu seu relatório favorável à abertura de apuração no colegiado. Mas o PT mostrou uma força-tarefa para poupar Protógenes da investigação.

O deputado Sibá Machado (PT-AC) apresentou voto em separado em que diz não haver 'motivos' para investigar o deputado do PCdoB. 'Não há indícios de provas. Li o voto do Amauri e não vi consistência', declarou Machado sobre o texto do correligionário.

Durante a sessão, o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), orientou a bancada a apoiar o parecer de Sibá Machado. O líder foi repreendido pelo presidente do Conselho de Ética. 'Quando fizemos reforma do regimento do Conselho de Ética, uma das coisas que deixamos é que conselheiros tivessem mandato de dois anos até para não ter ingerência dos partidos', disse José Carlos Araújo. 'Nós recomendamos a nossos conselheiros que não levem isso [posição do partido] em consideração aqui no seu julgamento'.

O pedido de Carlos Sampaio para adiar a votação foi vista como um movimento político pelo relator para prolongar a 'sangria' de Protógenes e mantê-lo no foco do Conselho de Ética. Mas Amauri Teixeira também não poupou os colegas de partido que fazem pressão para evitar o início das investigações. 'Estou dizendo que está todo mundo fazendo jogo político', declarou, irritado.

O pedido de investigação de Protógenes foi apresentado pelo PSDB e tem como base conversas telefônicas flagradas pela PF com o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias Araújo, o Dadá, apontado como integrante do grupo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Nas conversas, segundo reportagem do jornal 'O Estado de São Paulo', há supostas orientações do deputado e ex-delegado da PF a Dadá, quando ele era investigado pela própria PF.
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