Uma operação da Polícia Civil no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana (zona sul do Rio) deixou três supostos criminosos mortos. Devido à ação, cerca de 300 operários do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tiveram de paralisar suas atividades nesta sexta-feira.
Durante a ação, foram apreendidas 30 porções de cocaína, uma pistola, 45 projéteis para diferentes armas, um radiotransmissor e uma camisa com o símbolo do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais, da PM).
De acordo com o delegado da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), Marcus Vinícius, dois supostos criminosos feridos chegaram a ser resgatados de helicóptero e levados para o hospital municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul), mas não resistiram aos ferimentos e morreram no trajeto.
O delegado afirmou que não há mais feridos na região. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde disse que um homem ferido a balas --na perna e no tórax--, supostamente durante a operação policial de hoje, foi encaminhado ao hospital Miguel Couto.
Tiroteio
O objetivo da ação era localizar o homem apontado como o chefe do tráfico local, acusado de comandar mortes na região de Niterói, informou a Dcod. Cerca de 300 homens que trabalham em obras previstas pelo PAC no morro, tiveram que interromper os trabalhos por causa do tiroteio entre traficantes e policiais.
Na ação, um homem foi preso --segundo a polícia, ele teria envolvimento na morte de um policial, ocorrida em novembro do ano passado. Outras três pessoas foram detidas e devem passar por averiguação.
A operação começou por volta das 10h20 e, às 11h, um tiroteio que durou cinco minutos assustou moradores da região. Criminosos e policiais voltaram a trocar tiros por volta das 11h45. Segundo a polícia, a ação policial acabou por volta das 15h.
Motoristas chegaram a dar marcha à ré na rua Barata Ribeiro e na rua Sá Ferreira. O trânsito ficou congestionado na região. Moradores disseram que a rua Sá Ferreira ficou fechada no trecho entre a rua Raul Pompéia e a avenida Nossa Senhora de Copacabana no início da operação policial.
Participaram dos trabalhos policiais da Dcod (Delegacias de Combate às Drogas), da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e da Delegacia de Homicídios de Niterói, que contaram com o apoio de dois helicópteros e dois veículos blindados --os caveirões.
