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Domingo, 28 de julho de 2024

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Dilma: Brasil defende direitos reprodutivos plenos das mulheres

Um dia após ONGs protestarem por não terem sido ouvidas na elaboração do texto final da Rio+20, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do multilateralismo nas discussões internacionais e sinalizou, nesta quinta-feira, apoio ao direito universal da mulher à reprodução, um dos pontos polêmicos no documento.



A retirada da expressão "direitos reprodutivos" do texto da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável motivou protestos de grupos de defesa dos direitos da mulheres.


Alguns Estados, incluindo o Vaticano, fizeram pressão pelo corte de trecho que fazia menção a "direitos reprodutivos", que relacionam à descriminalização do aborto. O termo foi substituído por "saúde reprodutiva". O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, reconheceu frustração com a mudança.


No fórum de mulheres líderes sobre igualdade de gênero, dentro da Rio+20, Dilma afirmou que o Brasil vem se empenhando em aprimorar o acesso a serviços públicos relativos aos direitos reprodutivos.


"Estamos investindo para superar dificuldades e precariedades no acesso aos serviço públicos e de saúde com pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos", disse.


A ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, chefe do programa da ONU para Mulheres, e a ex-primeira-ministra da Noruega Gro Brundtland também participaram do painel O Futuro que as Mulheres Querem.


Durante o evento, mulheres na plateia exibiram cartazes e algumas chegaram a gritar que "os direitos das mulheres não se trocam e são universais".


Sobre as críticas à Rio+20 por parte de organizações não-governamentais, que na quarta-feira se manifestaram contra o trecho do documento final da conferência pela menção "plena participação da sociedade civil", Dilma disse que as diferenças foram respeitadas.


Segundo as ONGs, nenhuma de suas recomendações foi incluída no texto final, feito pelo Brasil.


"Estou estressando a expressão do multilateralismo como forma de relação entre povos, nações e governos. Há duas décadas havia a prática do bilateralismo e visões hegemônicas", disse Dilma em discurso.


"Exercer o multilateralismo é levar em consideração posições diversas... se nem todas as posições dos aqui presentes não estão no documento é porque no multilateralismo há que se respeitar a adversidade."
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