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Domingo, 28 de julho de 2024

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Carta anônima indica local dos restos mortais de Eliza, diz advogado

Foto: (Foto: Divulgação)

Carta anônima sobre corpo de Eliza Samudio

Carta anônima sobre corpo de Eliza Samudio

O advogado José Arteiro Cavalcante, que representa a mãe de Eliza Samudio no processo sobre o desaparecimento e morte da modelo, disse ter em mãos uma carta anônima indicando o local onde estariam os restos mortais da ex-namorada do goleiro Bruno. De acordo com o defensor, a carta foi recebida por Sônia Samudio nessa quarta-feira (20) em Belo Horizonte, onde ela participou de um programa de televisão. No texto, a pessoa que não quis se identificar disse ter tido um sonho sobre a localização do corpo de Eliza Samudio.


Na carta à qual o G1 teve acesso, a pessoa relata um sonho que teve sobre a localização do corpo de Eliza Samudio. Leia trechos da carta:

"O ano passado eu também tive um sonho com o lugar onde a elisa havia sido jogada. Sonhei com o nome da rua e número, havia até uma passagem secreta que dava acesso ao poço onde ela foi jogada".

"No sonho eu vi uma rua sem saída onde há um convento de padres, sendo o poço propriedade dos padres e fica no meio de uma reserva florestal que é também propriedade desses padres. No meu sonho antes de chegar a esse local, eu passei primeiro por um colégio de nome Santa Maria, e poucos metros depois fica o convento, a reserva florestal e o poço grande e profundo. Para chegar a esse poço há uma passagem secreta com fios de arame farpado ao lado da floresta próximo ao convento".

A Província Carmelitana, que existe na rua indicada na carta, no bairro Planalto, Região Norte de Belo Horizonte, confirmou a existência de um poço no terreno. Segundo um dos alunos, o terreno não é cercado, e o poço pode ser acessado por uma mata que existe ao lado.

O advogado José Arteiro disse ainda que já havia recebido informação semelhante e, que agora, vai recorrer à polícia.

Na tarde desta quinta-feira (21), a assessoria da Polícia Civil informou que o delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ainda não teve acesso à carta.

A polícia já realizou inúmeras buscas pelo corpo de Eliza, desde o desaparecimento em junho de 2010. O sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas, foi vasculhado à procura de vestígios, assim como a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, em Vespasiano. Durante a investigação do caso, houve também buscas em lagoas em Belo Horizonte e na Região Metropolitana.

Oito pessoas são réus no processo que apura o desaparecimento e morte de Eliza. Ela teve um relacionamento com o goleiro Bruno Fernandes e tentava o reconhecimento da paternidade de um filho. Para a Polícia Civil, a modelo foi morta a mando de Bruno.

Relembre o caso
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.

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