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Domingo, 28 de julho de 2024

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'Críticas são injustas', diz miss São Paulo Gay após fugir de agressão

'Críticas são injustas', diz miss São Paulo Gay após fugir de agressão
Eleita na madrugada desta quarta-feira (27) a Miss São Paulo Gay de 2012, a cabeleireira Nádia Leroah, de 21 anos, considera injustas as críticas feitas por outras candidatas e alguns torcedores de suas concorrentes que estiveram no Clube Homs, na Avenida Paulista. Após a indicação das três finalistas, uma confusão tomou conta do evento e as duas primeiras colocadas tiveram de sair protegidas por seguranças para não serem agredidas. O empresário Luiz Carlos Santos, organizador do concurso, diz ter sido agredido.


Apesar da confusão, a vencedora não quer ver seu título prejudicado. “As críticas são injustas. Foi a primeira vez que eu participei do concurso. Não conhecia ninguém, nenhum dos jurados. A candidata de Santo André era uma das favoritas. Todo mundo comentava. Mas eu me preparei bastante”, afirmou Nádia Leroah, que tem na carteira de identidade o nome de Eric Lopes Campos. Nádia acredita que sua simpatia e autenticidade tenham conquistado os jurados. Com um vestido repleto de pedras nas cores branca, preta e cinza, ela afirmou que, apesar da timidez, ela se sentiu à vontade durante o desfile. “Eu nasci para as passarelas”, garante.

Desde o início do evento, as torcidas das 23 concorrentes de várias partes do estado marcaram presença, aplaudindo as suas preferidas, como de costume. A confusão começou depois do anúncio de que a miss Santo André, que tinha uma das maiores torcidas, havia sido eleita a terceira colocada.

Enquanto as candidatas aguardavam o anúncio da vencedora de mãos dadas no centro do palco, uma pessoa da plateia se aproximou e arremessou plantas que estavam em um vaso em direção às finalistas. Pouco depois, essa pessoa subiu no palco e conseguiu agredir o organizador do evento, o empresário Luiz Carlos Santos.

Houve um princípio de briga, com empurrões e agressões entre os manifestantes e os seguranças, mas sem maiores consequências. No parte de trás da plateia, cadeiras foram arremessadas ao chão, o que provocou uma rápida debandada do público assim que as luzes foram acesas. A polícia foi chamada.
Ela (travesti que invadiu o palco) me deu um tapa. Aí eu consegui segurar os braços dela e os seguranças e contiveram-na. Foi lamentável o que aconteceu. Eu fiquei muito triste. É um concurso sério"
Luiz Carlos Santos,
empresário e organizador do concurso

Elegância
“Ela (travesti que invadiu o palco) me deu um tapa. Aí eu consegui segurar os braços dela e os seguranças e contiveram-na. Foi lamentável o que aconteceu. Eu fiquei muito triste. É um concurso sério. O público não merecia. Famílias inteiras estavam lá”, afirmou Santos ao G1 por telefone.

Por causa da confusão, ele acabou desmaiando. “Acho que minha pressão teve uma queda brusca.” Ele também rebate críticas de que a vencedora teria sido beneficiada. “Eu tenho a nota dos jurados. São personalidades. Ninguém é leigo. Ninguém faria nada para prejudicar alguma candidata”, declarou. “Eu ouvi elogios a sua postura, à elegância. Ela estava bem penteada, bem maquiada”.

Com o tumulto, as vencedoras deixaram o evento sem levar os prêmios. “Os prêmios estão comigo e serão entregues assim que eu puder. As candidatas podem ficar tranquilas”, disse Santos. Ele vai procurar uma advogada e decidir posteriormente se fará um boletim de ocorrência.

Com relação à próxima edição do evento, que já acontece há 16 anos em São Paulo, Santos diz que ainda vai pensar se continuará na organização. “Eu vou refletir se vou continuar a organizar [o Miss São Paulo Gay]. Se eu continuar, vou prestar bastante atenção em quem poderá assistir.”
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