O site Google Maps sugere na imagem acima: percorrer os 1,5 quilômetros de um dos principais cartões postais de São José do Rio Preto (SP), a Avenida Alberto Andaló, deveria ser fácil: apenas 3 minutos. Na prática, não é bem assim. A equipe do G1 Rio Preto percorreu a avenida em diferentes horários durante a semana e constatou: o tempo de percurso pode chegar a 18 minutos.
A avenida é considerada a principal da cidade e corta o Centro, ligando de uma ponta a outra, diversos bairros de Rio Preto. De um lado, está o viaduto Lins Andreu Sodré, na mesma altura da rodoviária da cidade e da represa municipal. Do outro lado, a avenida dá acesso à Rodovia Washington Luís e continua como Avenida José Munia, ligando os principais shoppings e o Centro de Eventos da cidade, por exemplo.
Avenida Alberto Andaló é considerada a principal
de Rio Preto (Foto: Marcos Lavezo / G1)
O primeiro percurso do G1 foi realizado às 8h de uma segunda-feira, quando o comércio ainda não foi aberto. Para atravessá-la, foram cronometrados 4 minutos e 53 segundos, um tempo normal, durante um dia sem muito trânsito. Uma hora depois, às 9h, o tempo necessário para atravessá-la passou para 7 minutos e 21 segundos. Em outro dia da semana, numa quinta-feira, às 11h, até a José Munia e até o viaduto Lins Andreu Sodré cravaram-se 4 minutos e 50 segundos e 5 minutos e 10 segundos, respectivamente.
Os maiores tempos cronometrados foram entre às 14h e 17h. Para atravessar a Andaló sentido Avenida José Munia, em uma quarta-feira às 15h, foram necessários 12 minutos e 32 segundos. No retorno, às 16h, sentido viaduto Lin Andreu Sodré, 14 minutos e 50 segundos.
O maior tempo registrado foi durante uma quinta-feira, às 17h, com 18 minutos e 12 segundos. Às 19h30, durante uma quarta-feira, o trânsito estava fluindo normalmente, com percursos de 3 e 4 minutos. Todos os percursos foram realizados entre os dias 11 e 28 de junho.
Rio Preto tem atualmente mais de 300 mil carros para os pouco mais de 400 mil habitantes. O número de veículos aumentou muito nos últimos anos, mas as adequações na principal avenida da cidade para suportar o trânsito não foram feitas. Segundo levantamento da Cetesb, de cada dez moradores, sete tem um carro e o resultado são os engarrafamentos frequentes e muita poluição.
