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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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MUITA ÁGUA

Prejuízo com enchentes no NE já atinge R$ 1,2 bilhão

Prejuízo com enchentes no NE já atinge R$ 1,2 bilhão
A previsão do tempo indica que só em julho as chuvas vão cessar na região Nordeste, segundo informações do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Mas o prejuízo causado à infraestrutura pelas águas nos últimos 45 dias já chega a R$ 1,2 bilhão, de acordo com levantamento feito pelo Valor nos Estados. No setor produtivo, são pelo menos outros R$ 300 milhões apenas na agricultura e no cultivo de peixes, pelas estimativas do Banco do Nordeste. As enchentes já provocaram 45 mortes na região e deixaram 254 mil pessoas desabrigadas. De acordo com o CPTEC, desde 1985 as águas não eram tão severas com a região Nordeste.


Quando as águas baixarem, rodovias, pontes e tubulações são as estruturas que mais vão demandar recursos públicos. Só em Alagoas, para reparar duas adutoras no interior danificadas pelas enxurradas, o governo terá de desembolsar R$ 300 milhões. Segundo Antonio Fernando, superintendente do interior da Casal, empresa de saneamento de Alagoas, hoje há três cidades sem água: Poço das Trincheiras, Maravilha e Ouro Branco. A adutora que abastece os municípios passa pelo rio Ipanema, que está com o nível elevado por conta das chuvas.

"Estamos esperando que o nível caia para podermos recuperar a adutora", explica Fernando. Ainda não há previsão sobre quando isso será possível. Em Maceió, o problema tem sido o tratamento da água, já que a inundação carregou resíduos sólidos para a barragem que abastece 20% da cidade.

No Maranhão, o maior transtorno na infraestrutura está nas estradas. Foram 1,2 mil km de rodovias danificadas, de uma malha total de 6 mil km. O governo prevê que precisará de R$ 180 milhões só para fazer um conserto emergencial. O reparo total pode chegar a R$ 400 milhões.

A reconstrução das cidades e de suas interligações não será uma tarefa nada simples que os governadores terão pela frente. Isso porque as enchentes invadiram o Nordeste em um ano de crise econômica, em que os repasses aos Estados e municípios - importantes fontes de renda na região - estão minguando. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também não cresce conforme previsto. Se em um ano normal o trabalho não seria pouco, em meio à turbulência os administradores terão de suar para conseguir o dinheiro necessário para reeguer suas cidades.


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