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Domingo, 28 de julho de 2024

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Funcionária de hospital irá depor sobre criança que se queimou em SP

A Polícia Civil deve ouvir no início da próxima semana uma técnica de enfermagem que teria entregue a medicação errada para a enfermeira do Hospital e Maternidade Nova Vida, em Itapevi, na Grande São Paulo, que aplicou o remédio em uma menina de 4 anos e provocou queimaduras graves na semana passada. Ao invés de um sedativo, a criança foi medicada com um ácido.


Uma notificação para convocar a funcionária do hospital para depor foi enviada nesta sexta-feira (28).

Segundo a polícia, a enfermeira de 32 anos, que trabalha há seis no hospital, foi ouvida nesta quinta e confessou que errou por não ter administrado o medicamento. Ela informou durante depoimento que a técnica em enfermagem foi quem pegou o frasco e colocou o remédio na seringa.

“Vamos investigar por que esse medicamento estava na pediatria, ele não deveria estar lá”, afirmou a delegada Isabel Cristina Ferraz, da Delegacia de Itapevi. Ainda, de acordo com a delegada, os frascos dos remédios trocados são parecidos.

O caso da menina foi registrado como lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir. E, por esse motivo, a pena aplicada não será a prisão dos culpados. “Parece-me que há uma sucessão de erros. Todos os responsáveis serão penalizados, desde a pessoa da farmácia que deu o frasco errado, quem pegou o medicamento e a enfermeira que não conferiu o remédio antes de aplicá-lo”, afirmou Isabel.

A menina que teve queimaduras no rosto e várias partes do corpo, após cuspir a medicação, já foi liberada do hospital e passa bem. De acordo com a polícia, o ácido aplicado por engano é usado para fazer peeling dermatológico.

Já o garoto de 2 anos, que também foi medicado com o ácido no mesmo hospital, continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora de Lourdes com disfunção de órgãos. O menino respira com a ajuda de aparelhos e seu estado de saúde é considerado grave após ter queimaduras internas. A polícia ainda não identificou quem aplicou o ácido no menino.

A direção do Hospital Nova Vida afirmou que as crianças foram bem atendidas e que os médicos prescreveram os remédios corretos para os quadros clínicos que elas apresentavam. Ainda de acordo com a nota, depois da suspeita de troca das medicações, ambos os casos são apurados.

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo informa, em nota, que se constatada infrações ético-legais envolvendo profissionais de enfermagem, tomará as medidas cabíveis, que podem resultar até na cassação do registro do profissional.

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