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Domingo, 28 de julho de 2024

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Envolvimento de jovem de classe média em sequestro abala moradores

O envolvimento de um jovem de classe média alta no sequestro da adolescente Clara Alves Campos, de 15 anos, surpreendeu os moradores de Cássia (MG). O suspeito Lucas Andrade Rodrigues, de 21 anos, morava a poucos quarteirões da vítima e já havia estudado na mesma classe que uma irmã de Clara.


“É uma cidade pequena então a gente fica surpreso com isso”, diz o aposentado José Marcelino. Nélio Luiz de Oliveira era vizinho de Rodrigues e também lamentou o envolvimento do jovem. “Quando ele era jovem era bem educado, mas depois que ele cresceu não tive mais contato”, conta.

Rodrigues pertence a uma família tradicional de Cássia. Quando a jovem foi encontrada, os pais de Rodrigues participaram da missa celebrada na cidade agradecendo o fim do sequestro sem suspeitar da participação do rapaz no crime. Segundo a irmã do suspeito, a família está bastante abalada e não entende porque Rodrigues seguiu este caminho.

A diretora do colégio onde Rodrigues estudou com a irmã de Clara, Jana Pereira Sposito, relata que o rapaz nunca teve comportamentos estranhos. “Ele era um bom aluno e nunca demonstrou qualquer desvio de conduta. Ficamos surpresos”, diz.

Rodrigues foi preso no dia 24 de setembro em Franca (SP), quando descia de um ônibus. Além dele, Nieder Leno Jordão, de 23 anos, foi detido em casa, na mesma cidade, na manhã do dia 27. O terceiro suspeito, Dione Jesiel de Azevedo, de 24 anos, está foragido. A Polícia Civil divulgou a foto do suspeito.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Machado, os três seriam os únicos envolvidos no crime e Rodrigues seria o mentor do sequestro. “Os levantamentos que foram realizados levam a gente a apontar o Lucas como o mentor e executor do crime. Foi ele quem providenciou o aluguel do carro, do sítio e, juntamente com o identificado como Dione, que se encontra foragido, arquitetou esse sequestro, ainda com a participação, auxílio de um terceiro indivíduo identificado como Nieder, que foi apontado por fazer a guarda da vítima no cativeiro”, afirma.O crime teria sido motivado por uma chance de conseguir “dinheiro fácil”, já que os suspeitos pediram uma quantia de R$ 1 milhão pelo resgate.

Os suspeitos foram transferidos para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana da capital mineira, na última sexta-feira (28). Se condenados, eles podem pegar de 12 a 20 anos de prisão.

O caso

A estudante Clara Alves Campos, de 15 anos, saía de casa com a mãe para ir ao colégio por volta das 7h do dia 18 de setembro quando as duas foram abordadas por quatro homens armados e encapuzados que cercaram, em outro veículo, o carro das duas.

Ainda segundo a polícia, eles levaram a adolescente e entregaram um bilhete para a mãe pedindo resgate. Os suspeitos ainda teriam feito alguns disparos para o alto antes de irem embora. A jovem é filha de Lauro Intel Campos, conhecido cafeicultor da cidade.

A estudante conseguiu fugir dos sequestradores na manhã da quarta-feira (19) e foi encontrada em Patrocínio Paulista (SP), a 46 quilômetros de Cássia. Ela estava amarrada em um matagal, e conseguiu se soltar e chegar a uma estrada, onde pediu carona até a cidade mais próxima. Clara não teve ferimentos. Segundo informações da Polícia Civil, o resgate não teria sido pago.

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