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Sábado, 27 de julho de 2024

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Ex-governador tucano diz que ditadura era 'menos cínica' que Dilma

O presidente em exercício do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, acusou a presidente Dilma Rousseff de usar recursos públicos para participar de comícios a favor de candidatos aliados do PT em diversas cidades do país.

O presidente em exercício do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, acusou a presidente Dilma Rousseff de usar recursos públicos para participar de comícios a favor de candidatos aliados do PT em diversas cidades do país. Em seu blog, o ex-governador de São Paulo acrescenta que a ditadura militar era “menos cínica e mais transparente” que o atual governo federal.


Na semana passada, Dilma participou de eventos de campanhas em Campinas, no interior de São Paulo, na capital paulista e em Salvador, na Bahia. Segundo Goldman, viagens como essas foram bancadas por “dinheiro dos nossos impostos”. “Tudo isso feito com recursos públicos, desde os meios de locomoção até o uso de equipes de servidores.”



O tucano também criticou o teor dos discursos de Dilma, afirmando que ela “procura convencer os seus ouvintes que a eleição do seu candidato preferido é uma forma de garantir o acesso do novo prefeito aos recursos públicos federais”. “Não é possível aceitar que cada cidadão do país seja tratado de forma diferenciada, dependendo da decisão livre e democrática que teve no ato de votar.”

No fim do post, intitulado “Uma vergonha para quem diz ter sido torturada”, Goldman afirma que Dilma “faz pior” que a ditadura militar. Para ele, o regime dos generais impedia de imediato o acesso do cidadão ao voto livre, enquanto a presidente “procura, na base da ameaça clara ou velada, obter, ou melhor, ‘comprar’, o voto do eleitor”.

O G1 procurou a assessoria de imprensa do Planalto para questionar sobre o uso de transporte e equipe pela presidente durante comícios, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem

Respeito
Na terça-feira, Goldman publicou no site oficial do PSDB uma nota em que pedia moderação da presidente em atos de apoio a candidatos aliados. "O PSDB sente-se na obrigação de vir a público cobrar respeito da presidente Dilma Rousseff ao cargo exercido e à sua obrigação de preservar a vontade democrática dos eleitores, nesta reta final das eleições municipais", diz o comunicado.

O texto lembra que Dilma chegou a prometer que limitaria o próprio envolvimento e o de ministros nas campanhas, mas acabou não resistindo às pressões de seu partido. E também faz referência à entrada da então senadora Marta Suplicy na campanha de Fernando Haddad pela prefeitura de São Paulo, que acabou coincidindo com sua nomeação como ministra da Cultura.

Cerca de três horas depois da divulgação da nota do PSDB, o PT publicou uma resposta em seu site oficial. Assinada pelo presidente nacional do partido Rui Falcão, o texto diz que Dilma participou de eventos sempre fora do horário de expediente.

"A participação da presidenta nos comícios do primeiro e no segundo turno das eleições municipais obedeceu estritamente às normas vigentes, ocorrendo sempre fora do horário de trabalho e com as despesas sob a responsabilidade do PT".

O comunicado exalta que Dilma é a presidente de todos os brasileiros, e traz o trecho de um dos discursos realizado em participação recente nos comícios de apoio. “Somos de um governo e de uma proposta política que não persegue ninguém e não discrimina ninguém, que respeita todas as posições políticas, ideológicas e religiosas”.
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