O deputado Nelson Luersen (PDT) conseguiu as assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pedágio. O documento recebeu 24 assinaturas, sendo que pelo Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) são necessárias 18. O requerimento foi protocolado durante a sessão de terça-feira (30).

Isso não significa que a CPI será instalada. Na verdade, isso não ocorrerá tão cedo porque a Casa não pode conduzir simultaneamente mais do que cinco Comissões.

Já estão em trâmite - ainda que inicial - a CPI da Copa do Mundo, a dos Planos de Saúde, a das Empresas de Telefonia, a CPI dos Grandes Devedores e a do Ibope. Há ainda a CPI das Falências, que está paralisada por decisão judicial.

Para que a CPI do Pedágio comece a caminhar na Assembleia é necessário que uma das outras cinco seja concluída ou que, por algum motivo, será cancelada.

Discussões na Assembleia

O pedido de instalação da CPI do Pedágio na Alep voltou a ser atenção da opinião pública, após
uma troca de acusações, como corrupção e pistolagem, entre o deputado Cleiton Kielse (PMDB), Ney Leprevost (DEM) e o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB).

De acordo com Kielse, ambos os deputados ajudaram a dificultar os trabalhos de investigação das empresas que detém as concessões de pedágio no estado. Kielse também acusou Leprevost de retirar a assinatura do pedido para a abertura da CPI, porque parte da campanha dele teria sido financiada por uma concessionária. As acusações foram negadas, enfaticamente, por Rossoni e Leprevost, que chegou a afirmar que Kielse era bandido.

Este bate boca ocorreu na segunda-feira (15) e no dia seguinte Rossoni afirmou que a CPI não foi instalada por questões regimentares. O deputado Luersen, então, começou a coletar as assinaturas.