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Sábado, 27 de julho de 2024

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Médico suspeito de torturar mulher em Porto Alegre é indiciado

O médico Cesar Duilio Gomes Bernardi, de 53 anos, foi indiciado por lesão corporal no âmbito de violência doméstica, cárcere privado e posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Ele é suspeito de torturar e manter presa a namorada, de 51 anos, em Porto Alegre, e está preso preventivamente desde o dia 25 de outubro no Presídio Central.


O inquérito policial foi remetido à Justiça na quarta-feira (31) pela delegada Nadine Farias Anflor, responsável pelo caso. A polícia só chegou até ele depois que a namorada do médico, que trabalhava como enfermeira, denunciou o caso à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.

A vítima conseguiu fugir da peça onde era mantida em cativeiro, no fundo da casa dos pais do suspeito, no bairro Glória, no dia 18 de outubro. O médico foi preso apenas no dia 25. Na peça onde ele morava, a polícia encontrou um revólver calibre 38.

Em depoimento à polícia, a vítima disse que havia tido um relacionamento com o médico na adolescência e que os dois se reencontraram pela internet. De férias do trabalho, ela decidiu passar uns dias na casa do homem. Após algumas discussões e as primeiras agressões, ela tentou deixar o local, mas foi impedida e passou a ser torturada constantemente.

“A partir do dia 8 até o dia 19, ela (a vítima) foi mantida em cárcere, sofrendo agressões diárias. Ele (o suspeito) batia com as mãos nos ouvidos dela, na testa e na nuca e depois seguia pelo resto do corpo com socos. numa das ocasiões, a vítima narrou que foi agredida o dia inteiro com um relho, chegando a desmaiar”, diz um trecho do inquérito.

Ainda de acordo com o documento, a enfermeira comentou que o médico concentrava as agressões nos membros inferiores, para impedir que ela se deslocasse e fugisse. Ela relatou também que foi agredida com um cortador de unhas, fincado na palma de sua mão.

Conforme o depoimento da mulher, confirmado por vários familiares, o médico era usuário de drogas e consumia crack na presença dela. Ele teria feito diversos saques da conta bancária da vítima para comprar drogas, como mostram os extratos.

A polícia acredita que a enfermeira não teria sido a primeira vítima das agressões. Familiares desconfiavam que o médico mantinha mulheres presas na peça anexa à casa, mas relataram que ele se tornava agressivo sempre que era questionado.
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